Positivo, plano de segurança de Moro é tímido, dizem analistas
Projeto prevê enviar Força Nacional e recursos a 5 cidades violentas pelo país
Na esteira do sequestro do ônibus 174 no Rio de Janeiro, em 2000, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) lançou o Plano Nacional de Segurança Pública. Desde então, cada sucessor propôs uma nova estratégia. Nesta quinta-feira (29), foi a vez do governo Jair Bolsonaro (PSL).
O programa de segurança pública do ministro Sergio Moro, na avaliação de analistas, aglutina aspectos positivos de propostas anteriores, como concentrarse em territórios violentos e pensar em ações coordenadas entre polícia e setores de educação, saúde, esporte e lazer, mas ainda é considerado tímido.
Batizado de Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta Em Frente, Brasil, o plano escolheu cinco cidades em cada região do país, com alto índice de violência: Goiânia, Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Paulista (PE) e São José dos Pinhais (PR). Outras cidades devem ser incluídas a partir do ano que vem.
O governo vai mandar Cariacica (ES) Goiânia Ananindeua (PA) Paulista (PE) São José dos Pinhais (PR) cem agentes da Força Nacional de Segurança para cada um desses locais por quatro meses.
Para o diretor-executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques, “escolher municípios médios parece um bom balão de ensaio para uma política maior, para acompanhar a evolução dos indicadores criminais e a capacidade do governo federal de induzir políticas públicas.” O problema, diz Ivan, é que a proposta ainda é tímida.
O presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, afirma que, “como experiência-piloto, é positivo, mas dificilmente vai resultar numa marca da gestão Moro se não for levado adiante em termos de alcance e de impactos.” (Folha)