Agora

Para sempre Young

- Vivian.masutti@grupofolha.com.br Fonte: Livrarias Saraiva (de 19 a 25.ago.2019)

Escritora que morreu no último domingo tem obras que serão discutidas ainda por muito tempo

Muito conhecida por ser uma das criadoras da série de TV “Os Normais” (Globo, 2001-2003), a escritora Fernanda Young, que morreu no último domingo, vítima de complicaçõ­es de uma crise de asma, também escreveu diversos livros. Eles merecem atenção redobrada, pois não apenas refletem a opinião de uma mulher inteligent­e e cheia de humor, mas também são fruto de uma das mais importante­s mentes pensantes do país. Fernanda se foi. Mas sua produção é eterna. E uma boa maneira de agradecê-la pelo que escreveu é conhecer um pouco mais a sua obra.

Pois nem só dos ótimos programas “Irritando Fernanda Young” (2006-2010) e “Minha Nada Mole Vida” (2006-2007) vivia a existência da artista (famosa também pela frutífera parceria com o marido, Alexandre Machado, com quem produziu para a televisão e para o cinema). Foram 15 séries para a TV. Aos 49 anos, quando morreu, Fernanda nos deixou mais de uma dezena de títulos, entre romances e pílulas de reflexão. A escritora, que começou três faculdades e não terminou nenhuma, preferiu ser na prática mestre de seu estilo.

Na coluna de hoje, elenco alguns desses livros, que podem ajudar o leitor a conhecer um pouco mais do universo da artista.

Um exemplo é a coletânea “A Mão Esquerda de Vênus” (R$ 59,90, 336 págs., Globo Livros, 2016), que conta com versos íntimos, desenhos, anotações e fotografia­s da autora. “Estragos” (R$ 44,90, 216 págs., Globo Livros, 2016) é outro bom livro para apresentá-la, já que traz os seus primeiros contos: 18 histórias, escritas entre 1987 e 1995, quando ela tinha

entre 16 e 25 anos. Nelas, seu estilo mordaz já se mostrava evidente.

Em “A Louca Debaixo do Branco” (R$ 50, 244 págs., Rocco, 2012), ganham espaço alguns temas debatidos por Fernanda quando fazia parte do polêmico e também adorado programa Saia Justa (GNT). No livro, a escritora se veste de noiva para, depois, despir-se, em sessões com fotógrafos de grife. Não à toa ganhou o conceituad­o Prêmio Jabuti de melhor projeto gráfico por Edu Hirama.

Seu último livro foi lançado no ano passado, “Pós-f - Para Além do Masculino e do Feminino” (R$ 34,90, 128 págs., Leya), a primeira obra de não ficção da autora, na qual discute o que é ser homem e o que é ser mulher hoje. O título realça o que a artista é: uma feminista corajosa, ousada, contundent­e, criativa e, acima de tudo, sem papas na língua. Sempre provocador­a, Fernanda Young continuará questionan­do eternament­e por meio de sua obra. 1 2 3 4 5 “A Sutil Arte de Ligar o Fodase”, de Mark Manson (Intrínseca)

“Como Fazer Amigos e Influencia­r Pessoas”, de Dale Carnegie (Companhia Editora Nacional)

“O Milagre da Manhã”, de Hal Elrod (Record)

“Minutos de Sabedoria (Simples)”, de Carlos Torres Pastorino (Vozes)

“Mais Esperto que o Diabo - o Mistério Revelado da Liberdade e do Sucesso”, de Napoleon Hil (CDG)

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Lucas Lima/uol/folhapress Divulgação A escritora Fernanda Young
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Exemplares de “Estragos”, “A Louca Debaixo do Branco” e “A Mão Esquerda de Vênus”: uma breve apresentaç­ão de Fernanda Young

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