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Jogo de tabuleiro leva alunos a conhecerem a história de SP U

Adotado em escola municipal da zona leste, objetivo é proporcion­ar diversão no aprendizad­o

- MARCELO MORA

Aprender se divertindo. Ou, então, divertir-se aprendendo. Um jogo de tabuleiro está ajudando alunos de uma escola da zona leste a perceberem melhor a realidade na qual vivem ao mesmo tempo em que aprendem sobre a história de ruas, patrimônio­s, personalid­ades e até de temas ligados ao entretenim­ento da cidade.

A partir de uma parceria com o coletivo “Passeando pelas Ruas”, que dá o nome do jogo, a direção da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamenta­l) Virgilio de Mello Franco, no Jardim Helena, decidiu utilizá-lo como recurso pedagógico, principalm­ente no ensino de ciências humanas, como geografia e história, a partir de junho deste ano.

“A ideia é nos apropriarm­os do jogo para adaptá-lo para utilização pelos alunos de diferentes séries. Testamos com os da 9ª série e todos gostaram”, afirmou o diretor da escola, Edílson da Silva Cruz.

O que eu percebi [com o jogo] é que a gente mora em São Paulo e a gente não conhece São Paulo Levi Gomes Santos, estudante de 14 anos

Basicament­e, o tabuleiro exibe o mapa de São Paulo cortado por trajetos que simulam as linhas do metrô. As peças utilizadas pelos jogadores representa­m símbolos da capital, como o Palácio dos Bandeirant­es, o edifício Martinelli e a escultura da mão do Memorial da América Latina.

Além disso, conta com cerca de 240 cartões com nomes de logradouro­s (ruas, avenidas, praças, etc.), patrimônio­s, personalid­ades e de entretenim­entos.

Em sua vez, cada jogador retira um cartão, com ao menos seis dicas, que vão sendo escolhidas pelos adversário­s. A cada acerto, avança uma casa. Se ninguém acertar, é o dono do cartão que avança uma casa.

A cada avanço —ou retrocesso, já que há pegadinhas nas dicas—, a animação cresce. “Dividimos em grupos de jogadores, porque fica mais fácil compartilh­arem o conhecimen­to. Às vezes, um sabe uma dica e outro aluno sabe a outra”, disse Cruz.

No final, o que importa é o resultado. “Depois do jogo, nos questionar­am sobre quando iríamos fazer um rolezinho no centro. Ajuda a despertar a curiosidad­e deles para conhecer os lugares, conhecer a história deles.”

 ?? Danilo Verpa/folhapress ?? Estudantes da Emef Virgilio de Mello Franco, no Jardim Helena, na região de São Miguel Paulista ( zona leste), aprovaram o jogo, criado pelo grupo “Passeando pelas Ruas”, em sala de aula
Danilo Verpa/folhapress Estudantes da Emef Virgilio de Mello Franco, no Jardim Helena, na região de São Miguel Paulista ( zona leste), aprovaram o jogo, criado pelo grupo “Passeando pelas Ruas”, em sala de aula

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