Jogo de tabuleiro leva alunos a conhecerem a história de SP U
Adotado em escola municipal da zona leste, objetivo é proporcionar diversão no aprendizado
Aprender se divertindo. Ou, então, divertir-se aprendendo. Um jogo de tabuleiro está ajudando alunos de uma escola da zona leste a perceberem melhor a realidade na qual vivem ao mesmo tempo em que aprendem sobre a história de ruas, patrimônios, personalidades e até de temas ligados ao entretenimento da cidade.
A partir de uma parceria com o coletivo “Passeando pelas Ruas”, que dá o nome do jogo, a direção da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Virgilio de Mello Franco, no Jardim Helena, decidiu utilizá-lo como recurso pedagógico, principalmente no ensino de ciências humanas, como geografia e história, a partir de junho deste ano.
“A ideia é nos apropriarmos do jogo para adaptá-lo para utilização pelos alunos de diferentes séries. Testamos com os da 9ª série e todos gostaram”, afirmou o diretor da escola, Edílson da Silva Cruz.
O que eu percebi [com o jogo] é que a gente mora em São Paulo e a gente não conhece São Paulo Levi Gomes Santos, estudante de 14 anos
Basicamente, o tabuleiro exibe o mapa de São Paulo cortado por trajetos que simulam as linhas do metrô. As peças utilizadas pelos jogadores representam símbolos da capital, como o Palácio dos Bandeirantes, o edifício Martinelli e a escultura da mão do Memorial da América Latina.
Além disso, conta com cerca de 240 cartões com nomes de logradouros (ruas, avenidas, praças, etc.), patrimônios, personalidades e de entretenimentos.
Em sua vez, cada jogador retira um cartão, com ao menos seis dicas, que vão sendo escolhidas pelos adversários. A cada acerto, avança uma casa. Se ninguém acertar, é o dono do cartão que avança uma casa.
A cada avanço —ou retrocesso, já que há pegadinhas nas dicas—, a animação cresce. “Dividimos em grupos de jogadores, porque fica mais fácil compartilharem o conhecimento. Às vezes, um sabe uma dica e outro aluno sabe a outra”, disse Cruz.
No final, o que importa é o resultado. “Depois do jogo, nos questionaram sobre quando iríamos fazer um rolezinho no centro. Ajuda a despertar a curiosidade deles para conhecer os lugares, conhecer a história deles.”