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Ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman morre aos 81

Da ala histórica do PSDB, ele se tornou desafeto de Doria e chegou a ser expulso do partido

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O ex-governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB) morreu neste domingo (1º), aos 81 anos. Ele estava internado desde 19 de agosto, no Hospital Sírio Libanês, na capital paulista.

Goldman foi governador de abril a dezembro de 2010, quando assumiu o posto de José Serra (PSDB), de quem era vice-governador. Serra havia deixado o cargo para concorrer à Presidênci­a da República. Na mesma gestão, Goldman foi secretário estadual de Desenvolvi­mento, função que acumulou com a de vice-governador.

Tucano da ala histórica do PSDB, Goldman tornouse crítico do ex-prefeito de São Paulo e atual governador João Doria (PSDB), considerad­o hoje o principal líder nacional do partido. Por conta das contestaçõ­es públicas a Doria, o PSDB paulistano chegou a expulsálo do partido no ano passado. A direção nacional tucana orientou que ele desconside­rasse a expulsão por não ter valor jurídico. “Não tem nenhum panaca nesse partido que tenha condição moral de pedir minha expulsão”, disse Goldman.

Em um vídeo gravado por Doria em outubro de 2017, Goldman foi chamado de improdutiv­o e fracassado que “agora vive de pijamas em sua casa”. Na disputa pelo governo paulista em 2018, Goldman se aproximou de Paulo Skaf (MDB) no primeiro turno. Em novembro passado, Goldman disse que a ascensão de Doria ocorreu em paralelo ao fim de uma era no partido. “Terminou um ciclo no qual o PSDB formou uma corrente social-democrata, mas tem que repensar isso porque o país não adotou esse caminho”, afirmou.

Em julho, ele foi internado após uma queda de pressão arterial. Na ocasião, Doria autorizou o uso de um helicópter­o Águia da Polícia Militar para transportá­lo de São José dos Campos a São Paulo. Doria prestou condolênci­as à família de Goldman em uma mensagem pelo Twitter. Ele anunciou, ainda, luto oficial de três dias no estado. (Folha)

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