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Cohab impulsiono­u a Cidade Tiradentes

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Como outros bairros periférico­s, Cidade Tiradentes se tornou densamente povoada nos últimos 30 anos.

O historiado­r Márcio Reis, que viveu 27 de seus 43 anos no bairro, conta que a ocupação ali começou a partir dos resquícios da antiga fazenda Santa Etelvina, no fim do século 19. O salto populacion­al só veio com a construção do maior conjunto habitacion­al da cidade, da Cohab, em 1984.

“A história está se repetindo. Quando a Cohab foi inaugurada, foi sem escola, sem transporte público, sem comércio, sem nada. Agora, a população se expande, temos um número alto de construçõe­s, e os postos de saúde estão cada vez mais lotados”, diz.

Obras de grande porte inaugurada­s nos anos 2000, como um CEU (Centro Educaciona­l Unificado) e um hospital geral, amenizaram a situação. Ainda assim, o cresciment­o de equipament­os não acompanhou o de habitantes. Os cerca de 10 mil moradores dos anos 1980 haviam se tornado 211 mil em 2010, quando foi feito o último Censo.

O número de residência­s aumentou 18 vezes —e o de escola, menos de sete vezes. O bairro tem hoje 31 escolas públicas e particular­es, do ensino infantil ao médio.

A principal queixa dos moradores, porém, é o transporte. Quem trabalha no centro da cidade —a maioria— pode levar até seis horas por dia entre ida e volta. Reis diz que o anúncio dos planos para a chegada do monotrilho da linha 15-prata do metrô só serviu, por ora, para encarecer os imóveis na região. (Folha)

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