Renda anual de até R$ 5.000 por ano pode ficar livre da nova CPMF
BRASÍLIA Para atender a uma exigência de Jair Bolsonaro, a equipe econômica estuda formas de compensação para que o presidente dê aval à criação de um imposto sobre pagamentos nos moldes da CPMF, previsto na proposta de reforma tributária idealizada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Bolsonaro afirmou, em entrevista nesta terça-feira (3), que a criação do novo imposto deve ser condicionada a uma compensação para a população. “Se não, ele [Guedes] vai tomar porrada até de mim”, disse.
Sob orientação do presidente, o Ministério da Economia já vinha trabalhando nas últimas semanas na criação de um mecanismo para isentar os mais pobres.
Estudos
Um dos modelos em estudo prevê que pessoas com renda anual de até R$ 5.000, o que equivale a uma renda mensal de pouco mais de R$ 400, recebam uma restituição dos valores referentes à cobrança do imposto.
Com isso, os beneficiários de programas como o programa Bolsa Família, por exemplo, ficariam isentos.
Como a cobrança do novo tributo será feita automaticamente em todas as transações, inclusive financeiras, técnicos do Ministério da Economia estudam como seria feita a restituição.
Uma opção considerada seria calcular, ao fim de cada ano, o valor pago pelo contribuinte. Feito o cálculo, o montante seria integralmente restituído ao beneficiário.
Outra possibilidade estabelece que pagamentos feitos por meio de programas sociais como o Bolsa Família fiquem imunes à cobrança do imposto. (Folha)