Mano pressionado
Novo treinador do Palmeiras chega e a primeira missão é reverter a rejeição entre a torcida
Escolhido pelo diretor de futebol, Alexandre Mattos, 43 anos, para ser o substituto de Luiz Felipe Scolari, 70 anos, Mano Menezes, 57 anos, já encara um desafio antes mesmo de ser iniciar o seu trabalho. Assim que a possibilidade de sua contratação veio a público, muitos torcedores demonstraram rejeição ao treinador.
Nas redes sociais, a Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada do clube, ajudou a promover a hastag #manonao, umas das mais comentadas na noite de segunda-feira (2).
No início da tarde desta terça-feira (3), pouco depois de a diretoria confirmar a contratação, o novo treinadorescreveu em seu Twitter a seguinte mensagem: “Grandes sonhos precisam de grandes decisões. Ao Palmeiras e à torcida palmeirense o meu sim: ‘Sou Palmeiras, sim senhor!”
A mensagem foi comentada por milhares de usuários. Entre eles, muitos irritados com a chegada do comandante, devido a sua identificação com o Corinthians, clube pelo qual ele teve duas passagens e conquistou três títulos, Série B (2008) e Copa do Brasil (2009) e Paulista (2009).
O estilo de jogo do ex-técnico do Cruzeiro e o sucesso em competições mata-mata—venceu Copa do Brasil também pelo Cruzeiro (2017 e 2018)— pesaram na escolha dos dirigentes.
O fracasso recente em competições eliminatórias incomoda os palmeirenses. O time foi campeão brasileiro duas vezes (2016 e 2018), mas não conseguiu vencer nenhuma Libertadores.
Mano também não. A melhor campanha foi o vice em 2007, pelo Grêmio. Deixou o clube um ano depois para trabalhar no Corinthians.
Antes de fechar com o Palmeiras,o gaúcho estava desempregado, após pedir demissão do Cruzeiro, por causa do desgaste com a torcida, a campanha ruim no Brasileiro e a derrota na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil, em casa, contra o Internacional.
Ele também já teve passagens por Grêmio e Flamengo, além de ter comandado a seleção brasileira de 2010 a 2012. No período, sua único competição oficial foi a Copa América de 2011, quando o Brasil acabou eliminado nas quartas de final. Ironicamente, na seleção brasileira, ele foi substituído por Felipão.