Prioridade será vacinar contra o sarampo criança de até 5 anos
Faixas etárias até esta idade são as que apresentam maior incidência de casos registrados no país
O secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, afirmou na manhã desta quarta-feira (4), em Brasília (DF), que a prioridade a partir de agora no combate ao sarampo será a vacinação de crianças de 6 meses a 5 anos em todo o país.
De acordo com o ministério, a faixa etária com maior número de registros de casos é justamente a de bebês menores de 1 ano, com uma incidência de 54,2 casos para 100 mil habitantes. Em seguida, vêm as crianças de 1 a 4 anos - 15,8 casos por 100 mil habitantes.
Desta forma, a orientação às secretarias estaduais e municipais será a de priorizar a imunização destas faixas etárias. “Vimos em postos de saúde adultos com duas doses [já tomadas da vacina] dizendo que não tinham sido vacinados. Estamos tirando doses de crianças porque tem adultos que não estão seguindo a vacinação à risca”, declarou.
O secretário de vigilância, inclusive, foi didático sobre como as unidades de saúde deverão proceder. “Se na área da unidade há 100 crianças — e os agentes de saúde devem saber disso porque atuam na região — e tem 150 doses, eu vou priorizar 100 doses para essas crianças. É o grupo prioritário para este momento. E só vou vacinar as outras faixas etárias com as doses restantes”, disse.
O Ministério da Saúde destinou 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral a todos os estados, para garantir a imunização das crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias.
A Secretaria Estadual da Saúde afirma que, desde o início do ano até o momento, já são 2.982 casos confirmados de sarampo no Estado, sendo 1.883 na capital. A pasta esclareceu que segue vacinando bebês entre 6 meses a menores de 12 meses, conforme recomendação anterior, e que vai aguardar novas orientações por parte do ministério.
A secretaria municipal, por sua vez, diz que a vacinação em crianças entre 6 e 11 meses será mantida até atingir a meta de 95% de cobertura vacinal e que ainda não recebeu nenhuma nova orientação do ministério. 1.883