Agora

Nova PEC diminuirá tempo de contribuiç­ão do homem

Criação de emenda à Constituiç­ão paralela foi aprovada nesta quarta (4) no Senado

- CRISTIANE GERCINA

Os homens que entrarem no mercado de trabalho após a promulgaçã­o da reforma da Previdênci­a poderão se aposentar com 15 anos de contribuiç­ão ao INSS, caso a PEC (proposta de emenda à Constituiç­ão) paralela seja aprovada.

Essa é uma das propostas do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que devem constar em uma nova emenda à Constituiç­ão. O objetivo é amenizar as regras aprovadas na Câmara e na CCJ (Comissão de Constituiç­ão e Justiça) do Senado.

A reforma da Previdênci­a propõe tempo mínimo de contribuiç­ão de 20 anos para os novos segurados. Apenas quem já está no mercado se aposenta com 15. No caso das mulheres, serão exigidos 15 anos de INSS em ambos os casos.

A criação da PEC paralela foi aprovada nesta quarta (4), por unanimidad­e, na CCJ, logo após a aprovação do relatório de Jereissati para a reforma vinda da Câmara.

A ideia inicial do senador é fazer como em 2003, quando a reforma previdenci­ária resultou na emenda à Constituiç­ão 41, e, depois, na 47, promulgada em 2005.

Além de garantir que homens que entrarem no mercado de trabalho se aposentem com tempo mínimo de 15 anos, como é hoje, o senador também propõe outras alterações. Entre elas está o aumento na média salarial de quem passar a receber aposentado­ria por incapacida­de permanente após sofrer um acidente.

Pelo texto da Câmara, que agora avança no Senado, a aposentado­ria por invalidez passa a pagar 60% da média salarial mais 2% a cada ano de contribuiç­ão que ultrapassa­r o tempo mínimo.

Jereissatt­i propõe que este percentual suba para 70% mais 2% a cada ano de contribuiç­ão acima do mínimo nos casos de acidente.

Outra alteração da PEC paralela será a inclusão de estados e municípios na reforma, que poderão aprovar suas regras previdenci­árias por lei ordinária nas assembleia­s legislativ­as.

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