‘Vou me reinventar como artista, as pessoas vão se surpreender’
minha carreira e negócios. Em maioria no palco há uma nova equipe.
Pode adiantar algo a respeito do repertório?
Minha ideia para essa nova turnê é diversidade musical. Quero caminhar por vários terrenos, sem perder a direção, preservando principalmente qualidade musical. Não podem faltar os grandes hits que gravei junto ao meu irmão, alguns com roupagem nova. Mas trago também grandes hits de outros artistas, variando de gênero musical. É um repertório bem dançante e um show longo. Pretendo ficar no palco no mínimo três horas com a plateia, passeando por diferentes emoções.
Vi um show solo seu em que você cantou algumas covers. Como escolhe essas versões?
O quesito principal é coerência. Não canto aquilo que não tenha a ver com minha essência ou de que não tenho gostado em algum momento. Essa questão garante a emoção ao interpretar algo, que para mim é fundamental no palco. Como sempre fui muito eclético quanto ao meu gosto musical, escolho de forma bem diversificada. Há canções atuais e grandes hits eternizados também.
Você está preparando algum álbum solo para lançar ainda neste ano?
Tenho muitas canções já produzidas, poderia, sim, lançar um ou dois álbuns, mas por enquanto vou lançar mensalmente singles inéditos até fim do ano. Em 2020, pode haver algo novo nesse sentido. (UOL) Léo - turnê ‘Identidades’ Dia 20 de dezembro de 2019. No Credicard Hall (avenida das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, São Paulo). Informações no site www.ticketsforfun.com.br
Léo, que sempre compôs boa parte do repertório de quando formava dupla com o irmão Victor, está agora aberto a ouvir compositores e mergulhar no diferente.
“Vou me reinventar completamente como artista, as pessoas vão se surpreender. Serei o intérprete das músicas que este Brasil multicultural tem. Não vou cantar só Léo Chaves”, diz. O artista afirma que só não pretende se desvincular do gênero sertanejo, que vê como sua raiz definitiva. “Vou apenas passear pelo pop, pelo eletrônico, pelo brega autêntico e por esse sertanejo moderno. Vou aprontar, vou fazer bagunça”, brinca.
Para ele, não há regras que definam a qualidade de uma música.
“O que é bom para mim, pode não ser bom para você. O Brasil é um país de miscigenação, as influências são muitas, e por isso não acho que exista um manual que descreva o que é uma música de qualidade. O importante é o artista estar conectado com aquilo que ele acredita”, afirma.
Sobre o fim da dupla com Victor, anunciado em agosto de 2018, o artista demonstra tranquilidade.
“Já estávamos namorando essa possibilidade de sair solo havia algum tempo. Temos 27 anos de carreira, foram 15 [anos] de boteco e outros de muito sucesso. Tivemos crises, obstáculos como qualquer outro profissional enfrenta, mas acho que as vitórias foram maiores”, avalia Léo.
Segundo ele, a necessidade de respirar novos ares era de ambos. “A gente precisava ser mais irmãos do que profissionais, mais irmãos do que sócios”, diz Léo, ressaltando que ainda troca ideias e canções com o irmão.
Em abril de 2017, Victor foi afastado do reality show The Voice Kids, da Globo, depois de ser acusado de violência doméstica pela ex-mulher Poliana Bagatini. Na época, Victor criticou a forma como a Globo conduziu sua saída e, em uma postagem nas redes sociais, afirmou ser “da paz, do amor e da arte”. Na sequência, disse que não voltaria à TV. “O palco me fortalece”, concluiu.