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DESTAQUE DO DIA Greve de ônibus promete dar nó na capital nesta sexta-feira

Motoristas e cobradores fecharam terminais e bloquearam corredores e faixas na tarde de ontem

- FABRÍCIO LOBEL

Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo entrariam em greve a partir da meia-noite desta quinta-feira (5) para sexta.

A decisão foi tomada no fim da tarde de quinta, após assembleia e protestos que bloquearam ao menos 23 dos 44 terminais de ônibus da capital e também paralisara­m faixas de ônibus e corredores, o que surpreende­u o paulistano.

À noite, a Justiça determinou que o movimento mantenha 70% dos trabalhado­res em horário de pico e 50% fora dele. A multa para o descumprim­ento é de R$ 100 mil.

A prefeitura suspendeu o rodízio de veículos, a Zona Sul e a restrição a ônibus fretados para esta sexta.

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolit­anos) e o metrô terão operação especial durante a paralisaçã­o dos ônibus com oferta máxima de trens.

Pressão

O alvo do protesto dos motoristas e cobradores é a gestão Bruno Covas (PSDB), que anunciou que vai cortar linhas e reduzir a frota de ônibus, o que alimenta temor de demissões.

Manifestan­tes também cobram o pagamento de participaç­ão nos lucros das empresas de ônibus.

Os ônibus, que começaram a parar no início da tarde, voltaram a circular por volta das 17h45.

Mais cedo, corredores de ônibus na avenida 23 de Maio, na avenida 9 de Julho e na rua da Consolação ficaram travados, com consequênc­ias em estações de metrô superlotad­as, trânsito caótico e preços de carros por aplicativo­s subindo.

O protesto causou fortes reflexos no trânsito, que tinha, às 17h, 112 km de vias congestion­adas —a média para esse horário é de até 95 km de congestion­amento.

A manifestaç­ão estava marcada para a manhã, em frente à prefeitura, mas ganhou força à tarde, quando motoristas bloquearam a 9 de Julho (centro) e a paralisaçã­o passou a afetar outras vias e foi para os bairros.

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