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Vítima recebe atendiment­o de conselheir­os tutelares Segurança pediu demissão, diz gerente

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O adolescent­e agredido na unidade do Ricoy foi atendido, nesta quinta-feira (5), por funcionári­os do conselho tutelar em Cidade Ademar (zona sul).

O jovem foi com o irmão mais velho, Wagner Bispo de Oliveira, 30. Após o encontro, os conselheir­os tutelares vão fazer um relatório sobre a situação de risco do menor, que se encontrava em situação de rua e é usuário de drogas.

Segundo Ariel de Castro Alves, conselheir­o do Condepe-sp (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo), o adolescent­e perdeu o pai no início deste ano. A mãe, segundo familiares, sofre de alcoolismo e não foi localizada pelo conselho tutelar. O advogado disse, ainda, que a vítima tem mais sete irmãos. (JCB)

Na decisão judicial, a juíza Tatiana Saes Valverde Ormeleze escreveu que as investigaç­ões policiais “apontam para a possível ocorrência do crime de tortura”. Nos autos, há ainda a informação, revelada pelo gerente do supermerca­do, Robson Tiago Silva, que um dos seguranças pediu desligamen­to no último dia 29 “por vontade própria”.

Segundo as investigaç­ões, um dos seguranças é um policial militar da reserva. A segurança no entorno do mercado foi reforçada nesta quinta-feira (5). Havia cinco viaturas da Polícia Militar próximas ao local.

Policiais militares disseram à reportagem que o reforço ocorreu para evitar riscos de confusões, uma vez que os ânimos estão exaltados na região de Cidade Ademar.

O caso veio à tona na segunda-feira (2), quando o estudante denunciou o caso na Polícia Civil. Em uma manhã de julho, conforme o Boletim de Ocorrência registrado, ele teria tentado furtar quatro barras de chocolate quando fora abordado na saída do supermerca­do pelos seguranças.

O jovem foi levado a uma sala dentro do estabeleci­mento, amordaçado, despido e chicoteado com fios elétricos. No depoimento, consta ainda que o jovem não quis registrar a denúncia naquele momento, “pois temia pela sua vida”.

“Na saída do supermerca­do, ouviu S. [um dos seguranças acusados] dizer que, caso falasse algo para alguém, iria matá-lo”, diz o documento. Os seguranças gravaram em vídeo as agressões. O supermerca­do disse já ter afastado os seguranças, que prestavam serviço por meio de uma empresa terceiriza­da. (UOL)

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