Brasil é o segundo maior mercado cristão no mundo
No mercado cristão, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos, e isso se reflete também na música, de acordo com Maurício Soares, responsável pela área gospel da Sony Music.
“Hoje, no Brasil, todas as grandes gravadoras do mainstream possuem departamentos de música gospel, seguindo o exemplo do que a Sony Music já desenvolve há quase dez anos”, conta o executivo.
Mas não é só isso. A facilidade de acesso dada pela internet foi um empurrãozinho para que o gospel atraísse novos fãs, tanto pelas plataformas digitais quanto pelo Youtube, onde videoclipes e gravações independentes viralizam.
“Cada vez mais plataformas de streaming vêm reconhecendo a força do segmento e, por isso, estão buscando conhecimento e relacionamento para fidelizar o público evangélico”, avalia Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.
Essa divulgação, segundo os especialistas, levou os artistas gospel a serem consumidos por pessoas que não necessariamente professam a fé evangélica.
“Este estilo de música hoje atinge pessoas de diferentes matrizes religiosas que antigamente não tinham acesso aos CDS e hoje podem simplesmente incluir estas canções em suas playlists ou consumir de forma aleatória”, explica Soares.
Nesse cenário, artistas jovens com propostas artísticas diferentes dividem espaço com nomes já consagrados como Aline Barros, Juliano Son, Damares, Cristina Mel e Leonardo Gonçalves.
“É fato que a música gospel hoje está muito mais aberta a novos estilos, novas letras, novas propostas. Há artistas que estão implantando novas linguagens ao que chamamos de música gospel, tornando o estilo mais próximo das tendências do que temos na música popular mundial”, diz Soares, citando nomes como o DJ PV e Kennto. A cartela da gravadora tem, entre as apostas, Preto no Branco, Kemuel, Marcela Taís e Gabi Sampaio.(fs)