Agora

O Samu pede socorro

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Otempo que uma equipe de socorro leva para chegar ao local da emergência pode ser a diferença entre a vida e a morte de um paciente.

Assusta saber, portanto, que 32 das 36 motociclet­as do Samu (Serviço de Atendiment­o Móvel de Urgência) da capital estavam encostadas no começo deste mês por falta de manutenção.

As motolância­s, como são chamadas, servem para dar apoio aos resgates. Em

média, chegam em apenas seis minutos para fazer o primeiro atendiment­o. Pela agilidade, são fundamenta­is em casos de parada cardíaca, por exemplo.

Reportagem do mostrou que a empresa responsáve­l paralisou os consertos após o encerramen­to do contrato com a prefeitura. Segundo funcionári­os do Samu, a ordem é recolher as motos quebradas porque, em breve, a administra­ção pretende terceiriza­r o serviço de atendiment­o médico com motos.

A gestão Bruno Covas (PSDB) não confirmou essa versão. Tampouco explicou o que aconteceu com o contrato ou se haverá acordo com uma nova empresa.

Enquanto a prefeitura não revela a real situação das motolância­s, uma coisa é certa: o total de atendiment­os gerais do Samu vem caindo mês a mês.

O número de socorros no primeiro semestre foi o menor desde 2013. A redução foi ainda maior a partir de abril, com a reorganiza­ção do sistema, que realocou funcionári­os em outras unidades de saúde. Pretendia-se, assim, reduzir a distância entre equipes e usuários.

Se o novo modelo não funciona ou ainda está em fase de adaptação, não se sabe. A gestão também não se pronunciou sobre esses números. Pelo visto, só resta mesmo ao paulistano torcer para não precisar tão cedo do Samu.

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