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Governo quer cobrar 0,4% em saques e depósitos

Reforma tributária prevê imposto de 0,2% para compras no débito e no crédito

- FÁBIO PUPO

BRASÍLIA O governo planeja em sua proposta de reforma tributária que saques e depósitos em dinheiro sejam taxados com alíquota inicial de 0,4%. A cobrança integra ideia do imposto sobre pagamentos, que vem sendo comparado à CPMF. Já para pagamentos no débito e no crédito, a alíquota inicial estudada é de 0,2% (para cada lado da operação, pagador e recebedor). Ambas as taxas tendem a crescer após serem criadas, já que a ideia do governo é usar o novo imposto para substituir gradualmen­te a tributação sobre os salários, considerad­a pela equipe econômica como nociva para a geração de empregos no país.

Marcelo de Sousa Silva, secretário especial adjunto da Receita Federal, defendeu a contribuiç­ão nesta terça-feira (10) no Fórum Nacional Tributário, ao ressaltar que o instrument­o substituir­ia a tributação sobre a folha e sobre o IOF.

Apesar de o governo rechaçar a semelhança com a CPMF, ele próprio fez a comparação ao mostrar um gráfico com o histórico relativame­nte estável das taxas de CPMF ao longo dos anos.

Segundo Silva, as propostas para o IR devem ser concluídas pelo governo nesta semana. Para o Imposto de Renda sobre Pessoas Físicas, o governo planeja aumentar o número de pagadores de impostos entre os mais ricos. Segundo o secretário, isso será alcançado com a tributação de dividendos, criação de limite para benefícios de portadores de doenças graves, redução de descontos e revisão sobre aplicações.

O governo defende que haverá a correção de um problema existente, quando a curva com o percentual em impostos realmente cobrado do contribuin­te cresce até determinad­a faixa salarial e depois começa a cair entre os mais ricos. (Folha) Taxa cobrada para cada lado da operação, pagador e recebedor

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