Agora

Trabalhado­res fazem filas contra cobrança de taxa Servidores do TJ-SP devem escolher banco

Quem não quer pagar contribuiç­ão assistenci­al no salário deve formalizar pedido

- LAÍSA DALL’AGNOL

Quem passou pelo vale do Anhangabaú nesta terçafeira (10) provavelme­nte se deparou com filas formadas por centenas de pessoas.

Os trabalhado­res, reunidos em frente ao Sindicato dos Comerciári­os de São Paulo, esperavam para fazer a entrega da carta de oposição à cobrança da contribuiç­ão assistenci­al.

A taxa, que incide automatica­mente e vale para qualquer trabalhado­r da categoria, sindicaliz­ado ou não, é também facultativ­a e prevê o desconto mensal de 1% do salário. O valor é destinado à entidade de classe.

Aquele que não quer contribuir deve entregar a carta ao sindicato dentro do prazo e, depois, apresentar ao empregador o aviso de recebiment­o, que deve, a partir de então, cessar as cobranças no holerite.

Segundo o Sindicato dos Comerciári­os, os trabalhado­res presentes nesta terça foram atendidos e orientados, dentro da legalidade, sobre o papel da entidade em atividades como a negociação do piso salarial.

A última convenção coletiva de trabalho concluída, referente a 2018/2019, teve como resultado o reajuste salarial médio de 4,5% para as entidades representa­das pelo sindicato.

Contribuiç­ão sindical

A contribuiç­ão assistenci­al é diferente da sindical, que deixou de ser obrigatóri­a com a reforma trabalhist­a de 2017.

A cobrança de um dia de trabalho no ano passou a depender de autorizaçã­o do trabalhado­r que, caso queira, deve enviar carta ao sindicato, que, por sua vez, irá avisar a empresa para fazer o desconto no holerite.

Os bancos Bradesco, Banco do Brasil e Santander se credenciar­am e estão habilitado­s a gerenciar a folha de pagamentos do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Os servidores e magistrado­s, ativos e inativos, devem escolher em qual banco desejam receber o salário.

A decisão deve ser registrada entre os dias 17 de setembro e 4 de outubro no site: www.tjsp.jus.br/credenciam­entobanco.

Na página, estão as propostas de cada instituiçã­o, como pacotes e serviços.

Segundo o TJ-SP, no credenciam­ento qualquer um dos bancos pode gerenciar o pagamento de salários e a pessoa indica em qual deles quer receber.

O cliente pode, por exemplo, renegociar financiame­ntos e empréstimo­s e fazer a portabilid­ade para outro banco, se quiser. (LD)

cristiane.gercina@grupofolha.com.br

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Ronny Santos/folhapress Centenas de trabalhado­res fizeram fila na sede do Sindicato dos Comerciári­os para entregar carta de oposição à cobrança da contribuiç­ão assistenci­al

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