Extorsão
Modelo também será investigada por fraude e calúnia em acusação de estupro contra Neymar
A Polícia Civil de São Paulo anunciou nesta terça-feira (10) o indiciamento da modelo Najila Trindade pelos crimes de denunciação caluniosa, fraude processual e extorsão.
A decisão foi tomada pela delegada Monique Lima, do 11º DP, após a conclusão dos dois inquéritos, que tramitavam em conjunto com a 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, envolvendo o atacante Neymar.
“Não posso me manifestar se não tive acesso ao relatório dela”, disse o advogado da modelo, Cosme Araújo Santos. Ele afirmou que tentou acesso ao inquérito nesta segunda-feira (9), porém conseguiu somente parte do documento.
Além de Najila, Estivens Alves, seu ex-marido, também foi indiciado, por crimes de fraude processual e por divulgar material com conteúdo erótico. De acordo com as autoridades, ele mandou imagens de Najila Trindade a um repórter em troca de publicações suas na internet.
Estivens Alves afirmou que aguardará o acesso ao inquérito para se manifestar sobre o caso. “Vou ler o material, conversar com minha advogada e só então me pronunciar”, disse.
O caso de estupro envolvendo o atacante Neymar foi arquivado no dia 8 de agosto pela juíza Ana Paula Gomes Galvão Vieira de Moraes, da Vara da Região Sul 2 de Violência Doméstica Familiar. Ela aceitou um pedido do Ministério Público de São Paulo.
Caso haja novas provas, o inquérito poderá ser reaberto a qualquer momento.
Durante entrevista coletiva na época, a promotora Flávia Merlini afirmou que os laudos do IML (Instituto Médico Legal) não constataram nenhum sinal de violência em Najila.
A suposta vítima apresentava uma lesão no dedo, ocorrida no dia seguinte ao suposto estupro, quando a modelo brigou com Neymar no quarto do hotel em Paris, na França, onde esteve hospedada para se encontrar com o jogador.
A defesa de Najila entrou duas semanas depois com o pedido para desarquivar o inquérito. O Ministério Público se manifestou contra, avaliação que prevaleceu na decisão da juíza Ana Paula Gomes Galvão Vieira de Moraes.
O caso de extorsão foi apurado pela 11ª Delegacia a partir das investigações sobre o estupro. Surgiram fatos que levaram à suspeita da existência de crimes. O primeiro foi o suposto furto de um tablet que estava no apartamento de Najila. O equipamento conteria uma gravação que seria prova contra Neymar.
Havia ainda as investigações por extorsão e denunciação caluniosa por parte de Najila, que resultaram no indiciamento. (UOL)