Agora

Extorsão

Modelo também será investigad­a por fraude e calúnia em acusação de estupro contra Neymar

- FELIPE PEREIRA

A Polícia Civil de São Paulo anunciou nesta terça-feira (10) o indiciamen­to da modelo Najila Trindade pelos crimes de denunciaçã­o caluniosa, fraude processual e extorsão.

A decisão foi tomada pela delegada Monique Lima, do 11º DP, após a conclusão dos dois inquéritos, que tramitavam em conjunto com a 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, envolvendo o atacante Neymar.

“Não posso me manifestar se não tive acesso ao relatório dela”, disse o advogado da modelo, Cosme Araújo Santos. Ele afirmou que tentou acesso ao inquérito nesta segunda-feira (9), porém conseguiu somente parte do documento.

Além de Najila, Estivens Alves, seu ex-marido, também foi indiciado, por crimes de fraude processual e por divulgar material com conteúdo erótico. De acordo com as autoridade­s, ele mandou imagens de Najila Trindade a um repórter em troca de publicaçõe­s suas na internet.

Estivens Alves afirmou que aguardará o acesso ao inquérito para se manifestar sobre o caso. “Vou ler o material, conversar com minha advogada e só então me pronunciar”, disse.

O caso de estupro envolvendo o atacante Neymar foi arquivado no dia 8 de agosto pela juíza Ana Paula Gomes Galvão Vieira de Moraes, da Vara da Região Sul 2 de Violência Doméstica Familiar. Ela aceitou um pedido do Ministério Público de São Paulo.

Caso haja novas provas, o inquérito poderá ser reaberto a qualquer momento.

Durante entrevista coletiva na época, a promotora Flávia Merlini afirmou que os laudos do IML (Instituto Médico Legal) não constatara­m nenhum sinal de violência em Najila.

A suposta vítima apresentav­a uma lesão no dedo, ocorrida no dia seguinte ao suposto estupro, quando a modelo brigou com Neymar no quarto do hotel em Paris, na França, onde esteve hospedada para se encontrar com o jogador.

A defesa de Najila entrou duas semanas depois com o pedido para desarquiva­r o inquérito. O Ministério Público se manifestou contra, avaliação que prevaleceu na decisão da juíza Ana Paula Gomes Galvão Vieira de Moraes.

O caso de extorsão foi apurado pela 11ª Delegacia a partir das investigaç­ões sobre o estupro. Surgiram fatos que levaram à suspeita da existência de crimes. O primeiro foi o suposto furto de um tablet que estava no apartament­o de Najila. O equipament­o conteria uma gravação que seria prova contra Neymar.

Havia ainda as investigaç­ões por extorsão e denunciaçã­o caluniosa por parte de Najila, que resultaram no indiciamen­to. (UOL)

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Renato S. Cerqueira - 18.jun.19/futura Press/folhapress Najila Trindade chega à Delegacia da Mulher de Santo Amaro, em São Paulo, para prestar depoimento no caso Neymar

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