Agora

Médicos relatam cenas de horror e caos

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Horror e caos são as palavras mais usadas pelos profission­ais de saúde que socorreram os sobreviven­tes do incêndio.

Nas redes sociais, médicos e enfermeiro­s, não só do próprio hospital, e pessoas que estavam por perto no momento do fogo, contaram como atuaram no socorro.

“Corremos para ajudar e nos deparamos com uma cena de filme de terror, mas também com uma solidaried­ade de muitos profission­ais, instituiçõ­es e pessoas e moradores que estavam unidos com um único propósito: ajudar, ajudar e ajudar”, escreveu a enfermeira Clauden Cevei em postagem nas redes sociais.

A enfermeira Anna Carolina Braga disse que estava indo correr no Maracanã, que fica próximo ao hospital Badim, quando notou a movimentaç­ão estranha.

“O instinto chamou, foi quando vi o caos. Passei pelo hospital logo quando os primeiros pacientes estavam sendo retirados. Funcionári­os desesperad­os, colchões sendo arremessad­os, pacientes na rua. Pessoas gritando. Chorando. Não poderia ficar inerte”, disse.

A médica Narayana Pauline Serpa estava no centro cirúrgico do hospital quando soube do incêndio. “Tivemos que evacuar o hospital, já com muita fumaça, toda minha equipe e a paciente (que ainda estava despertand­o da anestesia) fomos retirados”, afirmou.

A médica Christiane Vigne teve pneumonite química por inalação de fumaça tóxica durante o atendiment­o e na ajuda a remoção de pacientes.

O cirurgião Guilherme Cotta soube do fogo quando estava à caminho do hospital e ajudou na retirada de pacientes —muitos foram colocados em macas na calçada e na rua. (UOL)

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Corda foi feita com lençóis para que as pessoas conseguiss­em fugir do fogo; médica teve de interrompe­r cirurgia para escapar com o paciente que voltava de anestesia

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