Partido Novo cobra taxa em seleção de candidato
Na contramão de partidos que pretendem lançar candidatos no maior número possível de cidades em 2020, o Novo quer mirar em cerca de 60 municípios e escolher seus candidatos a dedo.
Para ser candidato a prefeito ou a vereador, os postulantes terão que se submeter a três etapas de avaliações, testes e entrevistas, além de pagar para participar da seleção —o valor chega a R$ 4.000 nas capitais.
As próprias cidades, por meio de seus diretórios municipais já constituídos ou em consolidação, têm que se qualificar para terem o direito de lançar candidatos.
Precisam ter mais de 300 mil habitantes, ao menos 150 filiados ativos e R$ 60 mil arrecadados até outubro deste ano para bancar gastos de campanha.
“Queremos crescer o mais rápido possível, mas de forma sólida e mantendo a qualidade”, diz o presidente da legenda, João Amoêdo.
Amoêdo defende a seleção como necessária para manter a coesão no partido.
O PSL, de Jair Bolsonaro, por exemplo, visa alcançar 1 milhão de filiados para inflar as candidaturas de 2020. O PSDB, embora tenha um programa para treinar jovens políticos, pretende lançar candidatos a prefeitos nos 645 municípios de São Paulo. (Folha)
Procurador havia criticado a indicação do novo PGR fora da lista tríplice
Depois de criticar a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de escolher o novo procurador-geral da República fora da lista tríplice, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, defendeu nesta sexta-feira (13) “trabalho conjunto” com Augusto Aras.
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dez.2016 Suficientes ago.2019 dez.2016 Bem aplicados dez.2019 Insuficientes
Em mensagem aos colegas na rede interna de procuradores, Deltan afirmou que “é hora de trabalhar pelo MPF [Ministério Público Federal]” e que a atuação da Lava Jato “depende de permanente coordenação entre instâncias, inclusive entre primeira [instância] e PGR”.
“É importante o trabalho conjunto para continuar expandindo as investigações para responsabilizar criminosos e recuperar recursos, dentro da nossa atribuição”, escreveu o coordenador da Lava Jato.
Segundo afirmou Deltan, a ideia de composição com Augusto Aras também é defendida pelo procurador Vladimir Aras, que concorria à lista tríplice com o apoio de Sergio Moro e é primo de Augusto. Eles são de grupos opostos na PGR.
Deltan relatou aos colegas procuradores uma conversa que teve com Aras nesta quinta (12). Como mostrou a Painel, o escolhido para suceder Raquel Dodge recebeu telefonema do chefe da força-tarefa e fez gestos à operação pregando “diálogo permanente”.
“Tive um contato inicial com o Dr. Aras, ontem, que expressou seu compromisso de manter e até fortalecer o trabalho das forçastarefas, sua abertura ao diálogo e sua disposição para uma atuação coordenada”, contou Deltan.
O coordenador da Lava Jato também elogiou a formação da equipe de Aras. Ele convidou, por exemplo, a procuradora Thaméa Danelon, que comandou a operação em São Paulo, e já indicou que pretende reincorporar ao grupo de trabalho da operação na PGR os procuradores que pediram demissão na semana passada, em protesto à atual procuradora-geral.
Aras deverá ser sabatinado pelo Senado no dia 25. Ele foi escolhido sem participar da eleição interna no MPF. Foi a primeira vez, em 16 anos, que um presidente ignorou a lista tríplice feita pela categoria.
Seguir a lista não é uma imposição legal, virou uma tradição. (Folha)