Atriz diz não ter visto outras versões de ‘Éramos Seis’
Dona Lola, a matriarca da família Lemos de “Éramos Seis”, já foi interpretada por quatro atrizes diferentes: Gessy Fonseca (1924-2018) em 1958, na Record; Cleyde Yáconis (1923-2013) em 1967, na TV Tupi; Nicette Bruno em 1977, novamente na TV Tupi; e Irene Ravache em 1994, no SBT.
Agora, na primeira vez que a Globo adapta a história, Gloria Pires encara o papel e diz que não se preocupa em fazer algo para se diferenciar das outras atuações e deixar a sua marca. “Todas essas mulheres que interpretaram a dona Lola são grandes atrizes, são ícones. Mas isso não é uma coisa que me preocupa [fazer diferente]. O que me move é compreender essa personagem e trazê-la para dentro de mim. A diferença acho que está no próprio estilo de interpretação”, diz a atriz.
Pires também conta que não viu as outras versões de “Éramos Seis” na época em que foram exibidas e afirma que não fazia sentido assistir às cenas agora. “Ninguém quer repetir o que já foi feito. O que a gente quer é distanciar, é fazer algo diferente, algo novo”, afirma.
A atriz admite, contudo, que viu apenas um capítulo da edição de 1994 para prestigiar o genro, o ator Wagner Santisteban (namorado de sua filha Antonia Morais), que quando criança interpretou Alfredo, um dos filhos de dona Lola.
Em processo de descoberta e construção da personagem, Gloria Pires diz que adora os dias que antecedem uma estreia.
“Está sendo muito bom. Fizemos algumas cenas, mas continuamos no processo de leitura, de vivência, para descobrir esse novo olhar sobre esta família que é tão famosa, que já ganhou tantas versões”, conta.
“Eu adoro essa parte do trabalho, essa descoberta. É delicioso. É um momento que eu adoro, antes da estreia. Depois da estreia é aquela loucura.” (KM)