DESTAQUE DO DIA Reforma deve fechar estádio do Pacaembu por ao menos 2 anos
Concessão do complexo tem duração prevista de 35 anos e projeta reabertura para 2022
A concessão do estádio do Pacaembu, assinada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) e o consórcio Patrimônio SP nesta segunda-feira (16), prevê o fechamento completo do complexo por um período de ao menos dois anos para obras de reforma.
O consórcio —formado pelas empresas Progen, de engenharia, e Savona, fundo de investimentos— prevê entregar o estádio renovado em julho de 2022, ou seja, daqui a dois anos e meio.
As obras começarão no primeiro semestre de 2020, com duração prevista de 24 até 28 meses, ao longo dos quais o estádio ficará completamente fechado por questões de segurança. Tanto a área do campo de futebol como ginásio, piscina e quadras de tênis não poderão ser acessados pelo público no período de reforma. A concessão tem duração prevista de 35 anos.
A praça Charles Miller e o Museu do Futebol não fazem parte da concessão. Portanto, as atividades que neles acontecem, como a feira semanal e as mostras, não deverão ser afetadas.
O cronograma das intervenções começa a contar após a assinatura da ordem de serviço, que deverá acontecer até o final de setembro. Com o documento em mãos, a concessionária terá 30 dias para entregar todos os planos para o complexo.
O consórcio venceu a concorrência pelo Pacaembu em fevereiro, quando ofereceu outorga fixa de R$ 115 milhões —o valor mínimo era de R$ 37 milhões.
A gestão Covas calcula que, somando outorga fixa, outorga variável (1% sobre a receita bruta), economia de gastos, investimentos a serem feitos e recebimento de ISS, a prefeitura terá ganhos de R$ 657 milhões com a concessão do complexo. Do total, R$ 79,2 milhões já foram pagos.
Covas disse que a concessão mostra que o papel da prefeitura é “cuidar dos mais desamparados”. “A concessão aponta para uma concepção do que faz o poder público. Por que a prefeitura precisa, em vez de terminar as obras de 12 CEUS pela cidade, investir em novos banheiros e novos refletores do Pacaembu?”, indagou.
“Por que não aconteceu a concessão por tantos anos? [Porque] ao conceder o Pacaembu, o poder público deixa de indicar o diretor do clube, deixa de fazer benesses com ingressos dos jogos, deixa de roubar no contrato de manutenção da grama, dos banheiros”, completou o prefeito.
Com o estádio fechado, clubes que mandam seus jogos nele terão que buscar outras alternativas. (Folha)