Prefeitura repassa R$ 600 mil à unidade do Samu que não existe
Serviço Saúde Mental era para ter sido aberto à população em julho, mas ainda não é oferecido
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), fez repasses de mais de R$ 644 mil para uma OSS (Organização Social de Saúde) gerenciar uma unidade do Samu Saúde Mental que era para ter sido instalada anexa ao Caps (Centro de Atenção Psicossocial) Adulto 3 de Sapopemba, zona leste da capital. Porém, o serviço não vem sendo prestado.
Os recursos foram repassados à SPDM (Associação Paulista para Desenvolvimento da Medicina) nos meses de julho, agosto e setembro deste ano. Foram dois repasses de R$ 211,4 mil e um de R$ 221,6 mil.
Segundo a prefeitura, houve um atraso na implantação do serviço e o valor que foi repassado será descontado futuramente.
Os repasses estão previstos em dois termos aditivos ao contrato de gestão com a OSS, onde estão previstos, inclusive a contratação de 26 funcionários para a Saúde Mental, sendo seis enfermeiros, seis motoristas e 14 médicos de emergências.
A reportagem esteve no Caps Adulto 3 de Sapopemba na quinta-feira (12) e foi informada pelos próprios funcionários da unidade de que o serviço não existia naquele local e que a base do Samu mais próxima é a da UBS Teotônio Vilela.
O programa Samu Saúde Mental foi lançado em novembro do ano passado pelo prefeito Bruno Covas e previa, entre outras ações, a disponibilização de seis ambulâncias para uso prioritário dos pacientes com distúrbios mentais. O Caps Adulto 3 tem capacidade para fazer o acompanhamento de ao menos 300 pacientes por mês.
Procurada, a assessoria de imprensa da SPDM afirmou que apenas a prefeitura iria se manifestar sobre o assunto.