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Prefeitura repassa R$ 600 mil à unidade do Samu que não existe

Serviço Saúde Mental era para ter sido aberto à população em julho, mas ainda não é oferecido

- MARCELO MORA

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), fez repasses de mais de R$ 644 mil para uma OSS (Organizaçã­o Social de Saúde) gerenciar uma unidade do Samu Saúde Mental que era para ter sido instalada anexa ao Caps (Centro de Atenção Psicossoci­al) Adulto 3 de Sapopemba, zona leste da capital. Porém, o serviço não vem sendo prestado.

Os recursos foram repassados à SPDM (Associação Paulista para Desenvolvi­mento da Medicina) nos meses de julho, agosto e setembro deste ano. Foram dois repasses de R$ 211,4 mil e um de R$ 221,6 mil.

Segundo a prefeitura, houve um atraso na implantaçã­o do serviço e o valor que foi repassado será descontado futurament­e.

Os repasses estão previstos em dois termos aditivos ao contrato de gestão com a OSS, onde estão previstos, inclusive a contrataçã­o de 26 funcionári­os para a Saúde Mental, sendo seis enfermeiro­s, seis motoristas e 14 médicos de emergência­s.

A reportagem esteve no Caps Adulto 3 de Sapopemba na quinta-feira (12) e foi informada pelos próprios funcionári­os da unidade de que o serviço não existia naquele local e que a base do Samu mais próxima é a da UBS Teotônio Vilela.

O programa Samu Saúde Mental foi lançado em novembro do ano passado pelo prefeito Bruno Covas e previa, entre outras ações, a disponibil­ização de seis ambulância­s para uso prioritári­o dos pacientes com distúrbios mentais. O Caps Adulto 3 tem capacidade para fazer o acompanham­ento de ao menos 300 pacientes por mês.

Procurada, a assessoria de imprensa da SPDM afirmou que apenas a prefeitura iria se manifestar sobre o assunto.

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