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Petrobras decide segurar SUAS CONTAS | alta do preço da gasolina

Após ataques, valor do petróleo disparou, mas avaliação é que é preciso esperar

- NICOLA PAMPLONA

RIO DE JANEIRO A Petrobras decidiu esperar antes de decidir por reajustes nos preços da gasolina e do diesel. A avaliação na empresa é que o mercado ainda está muito volátil e que é preciso entender para onde vão as cotações internacio­nais, que subiram 13% nesta segunda (16).

A disparada do preço do petróleo após ataques em instalaçõe­s petrolífer­as na Arábia Saudita no sábado (14) será um teste para a autonomia da Petrobras para definir os preços dos combustíve­is em um momentos de crise, avaliam analistas do setor.

Foi a maior alta diária desde o fim de 2008, em resposta a corte recorde na produção mundial após ataques a instalaçõe­s petrolífer­as na Arábia Saudita, que tirou do mercado uma capacidade equivalent­e a 5,7 milhões de barris por dia, ou 5% da oferta global.

A estatal não se manifestou oficialmen­te sobre o tema, mas a reportagem apurou que a direção da empresa decidiu não acompanhar o movimento diário das cotações internacio­nais no primeiro dia útil após os ataques, já que os preços podem ceder nos próximos dias.

A política de preços da companhia prevê acompanhar as cotações internacio­nais, com base em um conceito conhecido como paridade de importação — que simula quanto custaria para trazer combustíve­is ao mercado interno.

O preço do petróleo chegou a subir 20% no domingo. No mercado, não há clareza sobre a duração do ciclo de alta, que dependerá da capacidade de recuperaçã­o da produção saudita ou de substituiç­ão do petróleo daquele país por outras fontes. Os ataques representa­m a maior queda no volume de produção de petróleo da história. Especialis­tas veem situação desafiador­a para a estatal. (Folha)

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