Petrobras decide segurar SUAS CONTAS | alta do preço da gasolina
Após ataques, valor do petróleo disparou, mas avaliação é que é preciso esperar
RIO DE JANEIRO A Petrobras decidiu esperar antes de decidir por reajustes nos preços da gasolina e do diesel. A avaliação na empresa é que o mercado ainda está muito volátil e que é preciso entender para onde vão as cotações internacionais, que subiram 13% nesta segunda (16).
A disparada do preço do petróleo após ataques em instalações petrolíferas na Arábia Saudita no sábado (14) será um teste para a autonomia da Petrobras para definir os preços dos combustíveis em um momentos de crise, avaliam analistas do setor.
Foi a maior alta diária desde o fim de 2008, em resposta a corte recorde na produção mundial após ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, que tirou do mercado uma capacidade equivalente a 5,7 milhões de barris por dia, ou 5% da oferta global.
A estatal não se manifestou oficialmente sobre o tema, mas a reportagem apurou que a direção da empresa decidiu não acompanhar o movimento diário das cotações internacionais no primeiro dia útil após os ataques, já que os preços podem ceder nos próximos dias.
A política de preços da companhia prevê acompanhar as cotações internacionais, com base em um conceito conhecido como paridade de importação — que simula quanto custaria para trazer combustíveis ao mercado interno.
O preço do petróleo chegou a subir 20% no domingo. No mercado, não há clareza sobre a duração do ciclo de alta, que dependerá da capacidade de recuperação da produção saudita ou de substituição do petróleo daquele país por outras fontes. Os ataques representam a maior queda no volume de produção de petróleo da história. Especialistas veem situação desafiadora para a estatal. (Folha)