Bolsonaro tem alta e quer reassumir hoje
Presidente estava internado havia oito dias após cirurgia para retirada de uma hérnia no abdômen em hospital de São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta médica na tarde desta segunda-feira (16), em São Paulo, e seguirá sua recuperação em Brasília. “O presidente continuará sua recuperação em domicílio, devendo seguir as orientações médicas relacionadas a dieta e atividade física”, diz boletim médico.
O presidente estava internado no Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, onde foi submetido no dia 8 à quarta cirurgia desde que sofreu uma facada durante um ato de campanha, em 2018.
Nesta segunda, ao retornar ao Palácio da Alvorada, em Brasília, Bolsonaro disse a jornalistas que deve reassumir a Presidência já na terça (17). Mais cedo, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, havia dito que a interinidade do vicepresidente Hamilton Mourão (PRTB) na chefia do Executivo federal tinha sido estendida e que Bolsonaro reassumiria o cargo somente na quinta-feira (19).
Bolsonaro também disse que participará da Assembleia Geral da ONU em 24 de setembro. Ele deve embarcar para Nova York no dia 23.
Segundo o porta-voz, Bolsonaro deixará Nova York e seguirá para o estado americano do Texas, onde se reunirá com industriais, empresários e oficiais das Forças Armadas dos EUA.
Também foi confirmada a viagem de Bolsonaro para a Ásia no final de outubro, onde passará por Japão, China, Emirados Árabes, Qatar e Arábia Saudita.
Nesta segunda, Bolsonaro afirmou ainda que nesta terça sancionará o projeto de lei que amplia a posse de arma de fogo no campo. Aprovado pelo Congresso no final de agosto, a proposta considera residência ou domicílio, para fins de posse de arma, toda a extensão do imóvel rural, e não apenas a sede.
“Não vou tolher ninguém mais de bem de ter a sua posse ou porte de arma de fogo”, disse.
O presidente continua com alimentação cremosa e a evolução do quadro de saúde está de acordo com o esperado pela equipe médica, afirmou Antônio Antonietto, diretor médico do hospital.
O porta-voz da Presidência comentou ainda que nos últimos dias Bolsonaro já percorreu mais de 3.000 metros em caminhadas pelo corredor do oitavo andar do hospital. (Folha)
Preterida pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para mais um mandato de procuradora-geral da República, Raquel Dodge, 58 anos, deixa o posto nesta terçafeira (17) e passará o bastão ao vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Alcides Martins —que assumirá as funções interinamente.
Após dois anos de uma gestão marcada por atritos com a Lava Jato e por ter denunciado Bolsonaro antes de ele se tornar presidente, Dodge buscou, às vésperas da saída do cargo, elevar a cobrança sobre o subprocurador-geral Augusto Aras, indicado pelo presidente para sucedêla na PGR.
Na última semana, a procuradora-geral fez discurso no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo “um alerta para que fiquem atentos a todos os sinais de pressão sobre a democracia liberal”.
Aras, que ainda depende de aprovação no Senado, foi escolhido por Bolsonaro após correr por fora da lista tríplice da categoria e defender bandeiras alinhadas às do presidente.
Na quarta (18) está prevista uma transferência de cargo protocolar, no próprio gabinete da PGR, em reunião na qual Dodge deve repassar ao interino Alcides Martins algumas informações importantes para que seja dada continuidade ao seu trabalho.
Mas a expectativa é que ele permaneça só até a semana que vem. O relator da indicação de Aras na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou nesta segunda (16) parecer favorável ao subprocurador-geral. A sabatina e a votação no plenário devem ocorrer no próximo dia 25. (Folha)
Procuradora-geral passará cargo para interino; Senado vai votar se Aras assume