Agora

Raquel Dodge encerra mandato com críticas a ações do governo

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Procurador­a-geral se disse contra projetos, como o Escola sem Partido

A procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, encerrou nesta terça (17) seu mandato de dois anos com críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que a preteriu na disputa pelo cargo no próximo biênio.

Em entrevista coletiva de mais de uma hora, momento raro enquanto ocupou o posto mais importante do MPF (Ministério Público Federal), ela foi questionad­a se lhe preocupa eventual interferên­cia do presidente nos trabalhos da instituiçã­o.

“Vejo com muita preocupaçã­o sempre a atuação de qualquer governo que visa proteger alguns setores em detrimento de outros. Acho que o papel de um governante é sempre o de desenhar políticas públicas inclusivas”, afirmou a procurador­a-geral.

Dizendo-se preocupada e atenta, Dodge listou ações ajuizadas contra algumas políticas recentes, que são bandeiras da atual gestão, na defesa dos direitos indígenas, do meio ambiente e da liberdade de expressão na sala de aula.

Afirmou ter pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) que declare inconstitu­cional o decreto de Bolsonaro que esvaziou o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.

Destacou ainda ação contra o projeto Escola sem Partido, defendido pelo bolsonaris­mo para combater uma suposta tendência de esquerda no pensamento dos professore­s. (Folha)

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Fabio Rodrigues Pozzebom/agência Brasil A procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, faz balanço de sua gestão, que foi encerrada ontem, durante coletiva de imprensa

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