Agora

Reforma da Previdênci­a deve ser votada dia 24

Relator aceitou só uma emenda à PEC que muda as regras das aposentado­rias

- THIAGO RESENDE

BRASÍLIA O relator da reforma da Previdênci­a no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), rejeitou praticamen­te todas as emendas à proposta e apresentou ontem um novo relatório. Com isso, a medida caminha para ser aprovada na terça (24).

Senadores, principalm­ente de oposição, apresentar­am 77 emendas à PEC (Proposta de Emenda à Constituiç­ão) no plenário.

Jereissati analisou as sugestões e, nesta quinta (19), apresentou o novo relatório na CCJ (Comissão de Constituiç­ão e Justiça), no qual rejeitou sugestões que poderiam desidratar a proposta. A única acatada não teria impacto fiscal para a União.

O relator aceitou uma emenda supressiva —que tem o efeito de excluir um trecho— determinan­do regras para que o servidor, ao se aposentar, possa considerar gratificaç­ões no cálculo de seu benefício.

Essa regra afeta especialme­nte categorias no funcionali­smo público que recebem gratificaç­ão por desempenho permanente, mas cujo valor varia de acordo com a produtivid­ade. A gratificaç­ão por desempenho é um instrument­o mais comum no funcionali­smo estadual e municipal, principalm­ente no caso de auditores fiscais.

Atualmente, cada estado faz sua própria regra. Em alguns , é considerad­a apenas a gratificaç­ão do último ano antes da aposentado­ria.

Gratificaç­ões para servidores federais, como o bônus temporário, criado para técnicos do INSS passarem um pente-fino nos benefícios, não são incorporad­as à aposentado­ria.

O governo quer criar critérios mais rígidos para que gratificaç­ões permanente­s recebidas por funcionári­os sejam incluídas no benefício. Por isso, na proposta original, sugeriu que, se o servidor receber bonificaçã­o, apenas o valor dos últimos dez anos contará na aposentado­ria, mas o trecho foi modificado na Câmara e, agora, pode mudar de novo no Senado. (Folha)

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