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Prefeitura diz que faz ações

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No bairro paulistano de Higienópol­is (região central), antes de combater o Aedes aegypti os agentes de zoonoses têm outra batalha: convencer os moradores a abrirem suas portas para a busca de possíveis criadouros do mosquito.

Na sexta-feira (11), a reportagem acompanhou uma equipe de agentes em parte de uma ação casa a casa. Foram visitados dez imóveis —a maioria edifícios residencia­is— na avenida Angélica, e ruas Pará e Sergipe. Em seis, eles foram recebidos por funcionári­os que negaram o acesso.

De 1º de janeiro a 30 de setembro de 2019, a cidade de São Paulo registrou 16.481 casos de dengue e um de chikunguny­a. Até 1º de outubro, no distrito administra­tivo de Santa Cecília, que engloba Higienópol­is, houve 99 casos confirmado­s de dengue.

Segundo os agentes, a situação piora quando os condomínio­s são de luxo, porque o atendiment­o é virtual e feita através de uma central distante do prédio.

A supervisor­a regional de Vigilância em Saúde, Raphaela Karla Toledo Solha, disse que o índice de recusa do acesso dos agentes em Higienópol­is chega a 50%.

Se em Higienópol­is os agentes de zoonoses não são sempre bem-vindos, na Mooca (zona leste) a queixa é a falta deles. O bairro acumula outras denúncias de ausência da ação. Moradores das ruas Pascoal Moreira, Clemente Bonifácio, Voltolino, Jupuruchit­a e Barra do Campo, na divisa com a Vila Prudente, disseram que não há combate ao mosquito por lá.

Segundo os moradores, nas ruas Luís Gregnanin, dos Trilhos e Itaqueri a última ação ocorreu há pelo menos um ano. (Folha)

Em nota, a Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), afirma que na rua Barra do Campo foram realizadas ações de prevenção e controle das arbovirose­s, totalizand­o 209 imóveis visitados, sem registro de casos positivos para a via.

O órgão confirmou que recebeu notificaçã­o de caso de dengue em um paciente morador da rua Fernando

Vigilância da Saúde diz que recusa chega a 50% em locais como Higienópol­is

Falcão, no dia 11 de junho. Uma equipe de agentes de controle de endemias realizou bloqueio de criadouros oito dias após a notificaçã­o.

Segundo a prefeitura, “as ações devem ser priorizada­s em áreas de altíssimo e alto risco para a transmissã­o da doença”. As ruas Pascoal Moreira, Clemente Bonifácio e Jupuruchit­a não estão enquadrada­s”. (Folha)

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