Linha 4-amarela coloca ‘tropa de choque’ para fazer segurança U
Concessionária Viaquatro diz que novos uniformes dos agentes são uma medida preventiva
Agentes de segurança da linha 4-amarela do metrô estão usando uniformes semelhantes aos da tropa de choque da Polícia Militar. Os funcionários permanecem em três estações de grande movimento ostentando escudos, capacetes, cotoveleiras e até toucas ninja.
A Viaquatro, responsável pela linha, diz que os novos uniformes são uma medida preventiva de segurança.
A presença dos “robocops” nas estações foi criticada por especialistas em segurança ouvidos pela reportagem (leia ao lado).
A agente de registro Elaine Gomes de Farias, 31 anos, afirmou que a presença de seguranças usando roupas táticas provoca mais medo do que sensação de segurança. “Vendo eles, dá a impressão de que está para acontecer alguma situação de risco eminente. Parece um cenário de guerra.”
Ela afirmou que se sente mais segura nas estações da linha 4-amarela, em relação a outras linhas, sem que para isso precise da presença dos agentes do “Choque do metrô”. “Poderiam investir em outras coisas. Os seguranças que já existem [com uniformes normais] são suficientes”, diz.
A reportagem constatou a presença dos novos agentes nas estações Paulista e Pinheiros. Em ambas, eles permaneciam de canto, observando o fluxo de passageiros. Todos também tinham um número no peito. Segundo apurado, cerca de 20 profissionais estão escalados para usar os novos uniformes.
Resposta
Em nota, a Viaquatro afirmou que os seguranças integram uma equipe estratégica de segurança nas estações Paulista, Pinheiros e Luz. “Trata-se de uma medida preventiva de segurança durante os horários de pico. Os vestuários utilizados contam com equipamento tático de defesa [roupa toda preta, capacete, colete e escudo] e os profissionais são os mesmos que atuam nas estações durante grandes eventos”, diz trecho de nota.
Questionada sobre a necessidade do uso da roupa semelhante à tropa de Choque da PM, a concessionária não se posicionou.
Dá a impressão de que está para acontecer alguma situação de risco eminente. Parece um cenário de guerra Elaine Gomes de Farias, passageira