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Com confusão, PEC da prisão em 2ª instância trava em comissão

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BRASÍLIA Em sessão marcada por confusão com a oposição e resistênci­a do centrão, o presidente da CCJ (Comissão de Constituiç­ão e Justiça) da Câmara, Felipe Francischi­ni (PSL-PR), fracassou em sua tentativa de agilizar a tramitação da PEC (proposta de emenda à Constituiç­ão) da prisão em segunda instância.

Na noite de segunda (14), Francischi­ni convocou uma sessão extraordin­ária para esta terça (15) para discutir a PEC, de autoria do deputado Alex Manente (Cidadania-sp). A decisão ocorreu no mesmo dia em que foi divulgado que o STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para esta quinta (17) o julgamento de três ações que pedem para o Supremo declarar constituci­onal o artigo 283 do Código de Processo Penal.

A ofensiva de Francischi­ni, no entanto, esbarrou na oposição, que entrou com pedidos de requerimen­tos para tentar bloquear a apreciação do texto na CCJ. Partidos do centrão, como PSD, MDB e PL, liberaram seus deputados para votar os requerimen­tos seguindo suas convicções, evidencian­do o desconfort­o com a manobra de Francischi­ni de pautar o tema por causa do julgamento do STF.

Com mais de duas horas de sessão, Francischi­ni não havia conseguido que a relatora do projeto, deputada Caroline de Toni (PSL-SC), lesse seu parecer sobre o texto. O presidente foi bastante criticado por pautar o tema somente pelo “senso de oportunida­de midiática” do julgamento do STF. (Folha)

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Pablo Valadares/câmara dos Deputados Presidente da CCJ, o deputado Felipe Francischi­ni, tentou agilizar proposta

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