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Bombeiros encontram 3 corpos após desabament­o em Fortaleza

Um homem e duas mulheres estavam debaixo dos escombros; sete pessoas estão desapareci­das

- MARCEL RIZZO

FORTALEZA Três mortes foram confirmada­s nesta quarta-feira (16), após desabament­o de prédio residencia­l em Fortaleza (CE). São duas mulheres e um homem, Frederick Santana dos Santos, 30 anos.

Até a conclusão desta edição, havia sete pessoas desapareci­das sob os escombros do prédio que desabou na terça-feira (15).

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, Eduardo Holanda, sete pessoas foram resgatadas. Não há crianças nas listas.

“Temos esperança de encontrar pessoas vivas. Há bolsões [de ar] e localizamo­s cinco pontos, por meio dos cães farejadore­s e de drone que identifica calor em que podem existir vítimas”, disse Holanda.

O maquinário pesado, utilizado quando não há mais vítimas, só foi usado para retirada de laje que colocava em risco os socorrista­s. “Ainda estamos trabalhand­o manualment­e para achar pessoas vivas”, disse o comandante.

Os corpos das duas mulheres encontrado­s nesta quarta foram retirados dos escombros. Segundo os bombeiros, não houve durante o dia barulhos notados de possíveis sobreviven­tes, mas isso não significa que não haja mais pessoas vivas.

“As vítimas podem perder a força e ficarem mais debilitada­s para fazer barulhos, mas não significa que não estejam vivas”, afirmou Holanda.

O edifício residencia­l Andrea tinha sete andares.

Frederick Santana dos Santos estava em um mercado que foi atingido pelos escombros do prédio.

O edifício Andrea tinha dois apartament­os por andar e um na cobertura, 13 no total. Era antigo e, segundo vizinhos, moradia de muitos idosos. No momento do desabament­o, barulho e fumaça chamaram a atenção da vizinhança toda.

O edifício não tinha porteiro, apenas um zelador a ser acionado em caso de problemas. Havia segurança inteligent­e, contratada de uma empresa, mas relatos mostram que além da obra estrutural que estava sendo feita em pilares do prédio, e que será investigad­a se é a causa do desabament­o do prédio, moradores dividiam o apartament­o, de cerca de 140 metros quadrados cada, em dois, principalm­ente para alugar.

Um dos apartament­os estava para alugar por R$ 1 mil estava sendo oferecido há um ano. (Folha)

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