Agora

Imagens contestam as versões de GCMS

Recolhidas como provas, elas apontam falhas nos depoimento­s de guardas-civis durante assalto a um posto de combustíve­is

- ALFREDO HENRIQUE

Imagens de uma câmera de monitorame­nto podem mudar as investigaç­ão em que dois guardas-civis municipais de Itapeceric­a da Serra (Grande SP) são suspeitos de matar dois homens em uma suposta troca de tiros durante um assalto em um posto de combustíve­is em Itaquaquec­etuba (Grande SP), sábado (12).

A namorada de um dos guardas também morreu baleada na ação.

Nas imagens, os dois GCMS estão a paisana perto de uma bomba de combustíve­l conversand­o, acompanhad­os pelas namoradas. Perto deles estão duas motos estacionad­as, pertencent­es aos guardas.

Por volta das 14h15, duas pessoas se aproximam ao mesmo tempo em que chega um Fiat Siena branco, ocupado por três homens.

As imagens mostram que uma das duas pessoas saca uma arma e anuncia o assalto. Um dos ladrões vai até uma das motos, uma BMW K1.300, e sobe no veículo.

Quando o comparsa se aproxima para subir na garupa, um dos guardas dispara e corre atrás da moto atirando, mas a dupla consegue fugir. Em depoimento, os dois GCMS afirmaram que deram 16 tiros cada um.

Roberta Maria de França, 35 anos, namorada de um dos guardas, morreu no local. Rodnei Alves dos Santos Reis e Bruno Nascimento de Souza, idades não informadas, que estavam no Siena, também morreram —as imagens não mostram eles desceram do carro durante o assalto.

O terceiro ocupante do carro, um ajudante-geral de 21 anos, foi preso acusado de participar do roubo. Ele nega. Um dos que fugiu com a moto, de 20 anos, foi detido quando deu entrada em um hospital, ferido no pé direito. O comparsa dele não foi localizado.

Parentes do trio afirmam que os homens foram a Aparecida (180 km de SP) vender água e sorvetes, por conta do feriado de Nossa Senhora Aparecida.

A Prefeitura de Itapeceric­a da Serra, sob a gestão de Jorge José da Costa (PTB), afirmou ter afastado os dois guardas das ruas e que instaurou um procedimen­to interno para apurar o caso.

A Viaquatro, concession­ária que administra a linha-4 amarela do metrô de São Paulo, decidiu tirar as “armaduras” dos seguranças que trabalham em algumas estações.

A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (16), quando o Agora mostrou que agentes estavam trabalhand­o com roupas semelhante­s às da Tropa de Choque da Polícia Militar.

A concession­ária diz que a nova roupa foi uma medida pontual, entre os dias 7 e 15 de outubro. (AH) Roberto Rosenthal Cemitério Israelita do Butantã, av. Eng. Heitor Antonio Eiras Garcia, 5.530. 1º MÊS Iolanda Peroni Ferrari Armele Nesta quinta (17), às 18h30, Igreja São Gabriel, avenida São Gabriel, 108.

Seis pessoas foram presas na região de Ribeirão Preto (313 km de SP), acusadas de pertencere­m a uma quadrilha que roubava casas. (EV)

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Reprodução Carro onde estavam dois homens mortos durante assalto a guardas-civis no sábado (12)
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Rivaldo Gomes/folhapress Agente com touca ninja na linha 4 amarela do metrô

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