Indústria no ABC já fechou 10 mil vagas em um ano Prefeitura vai investir R$ 4 mi nos professores
Pesquisa da Fiesp mostra que saldo de postos, apesar de estável, segue negativo
Pesquisa feita pela Fiesp e Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), divulgada nesta quarta (16), mostrou resultado estável na indústria de São Paulo em setembro. Porém, o saldo segue negativo.
De acordo com o levantamento, houve o fechamento de mil postos de trabalho no mês, variação de -0,06% sobre o período anterior. No acumulado deste ano, 9.000 vagas na indústria foram cortadas.
O setor que mais sofreu foi o automotivo, com a queda das exportações, especialmente para a Argentina, que vive uma grave crise econômica. O cenário agrava a falta de empregos no ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano), que concentra as montadoras de veículos. Nos últimos 12 meses, a região somou 10.250 vagas a menos.
O Brasil exporta 12% da sua produção automotiva para o país vizinho. No primeiro semestre de 2018, as exportações somaram US$ 4,2 bilhões (cerca de R$ 17,43 bilhões). No mesmo período de 2019 foram de US$ 1,9 bilhão (R$ 7,88 bilhões). Uma queda de 55%.
“Estamos tentando sair da crise e tem setores fazendo ajustes”, diz André Rebelo, assessor de assuntos estratégicos da Fiesp.
“Em São Bernardo do Campo houve uma forte queda, por causa do setor automotivo. No momento, estamos começando a retomar o mercado interno, mas a crise da Argentina acaba engolindo a tímida recuperação interna”, afirma.
Rebelo diz, no entanto, que o setor ainda tem muito mercado para crescer.
O setor de alimentos foi o que mais gerou vagas: 1.580. Parte em razão do aumento de exportações de carne para a China, que teve problemas com a peste suína.
APrefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), vai reformar um prédio na rua Estado de Israel, 200, na Vila Clementino (zona sul), para capacitar os quase 70 mil professores da rede de ensino.
De acordo com a prefeitura, a unidade terá capacidade para receber diariamente até 600 docentes.
O anúncio foi feito na terça (15) com o lançamento do Programa Escola Digital, que, segundo Covas, irá equipar as 12 mil salas de aula do município com atualizações tecnológicas, com gasto de R$ 90 milhões.
“Essa escola terá um papel fundamental para que os professores possam, cada vez mais, utilizar materiais e equipamentos tecnológicos, explorando este apoio da melhor forma possível, aproximando o mundo digital com a sala de aula”, disse o prefeito.
A gestão afirma que irá investir R$ 4 milhões na reformulação do imóvel, que está localizado perto da Secretaria Municipal de Educação e já funcionou como uma escola. (APB) cristiane.gercina@grupofolha.com.br