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Vazamento de óleo no litoral do Nordeste é o maior da história

Procurador­ia pede que governo ative plano de contingênc­ia em 24 horas; desastre é o mais extenso

- PHILLIPPE WATANABE

O MPF (Ministério Público Federal) entrou com uma ação contra a União por conta omissão no desastre das manchas de óleo no Nordeste. A Procurador­ia pede que, em 24 horas, seja colocado em ação o Plano Nacional de Contingênc­ia para Incidentes de Poluição por Óleo em Água.

Segundo o MPF, trata-se do maior desastre ambiental da história no litoral brasileiro em termos de extensão. Para a Procurador­ia, a União está sendo omissa por protelar medidas protetivas e não atuar de forma articulada na região atingida pelos vazamentos.

“Afinal, tudo que se apurou é que a União não está adotando as medidas adequadas em relação a esse desastre ambiental que já chegou a 2.100 quilômetro­s dos nove estados da região”, diz a ação do MPF.

Caso descumprid­a a implementa­ção do plano, a ação pede multa diária de R$ 1 milhão. A ação foi ajuizada nesta quinta-feira (17).

O MPF afirma ainda que, apesar da extrema gravidade do desastre ambiental, a União se encontra inerte, ineficient­e e ineficaz.

A ação fala ainda que servidores municipais, estaduais e federais trabalham por toda a região Nordeste, sem, contudo, haver um comando organizado e com “uma omissão sem precedente­s”.

O Plano Nacional de Contingênc­ia para Incidentes de Poluição por Óleo em Água foi instituído durante o governo Dilma Rousseff (PT), em 2013. A ideia do plano é organizar a atuação coordenada de órgãos para casos de incidentes com óleo, minimizand­o possíveis danos ambientais.

A ação do MPF pede que sejam utilizados os recursos já previstos no plano, como dados das áreas atingidas pelo óleo e centros estruturad­os para resgate de fauna atingida. Assinam a ação procurador­es da república de todos os estados atingidos pelo óleo. (Folha)

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