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Preço de 13% dos produtos subiu antes da Black Friday

Percentual é baixo ante anos anteriores; promoções ocorrem nesta sexta-feira (29)

- LEONARDO DIEGUES PAULA SOPRANA

Uma das estratégia­s conhecidas popularmen­te como “black fraude” parece que não será significat­iva na Black Friday deste ano, realizada nesta sexta (29). Em uma amostra de 10.735 produtos monitorado­s pela reportagem nos últimos 15 dias, só 13% subiram.

Em anos anteriores, órgãos de proteção ao consumidor detectaram que muitas lojas elevavam os preços antes da Black Friday e voltavam para valores próximos ao original durante a promoção, simulando um desconto que, na verdade, não existia, técnica que ficou conhecida como “tudo pela metade do dobro”.

Para verificar se a tática será usada neste ano, a reportagem acompanhou preços em 14 lojas, online, entre 13 e 27 de novembro. São mercadoria­s monitorada­s como eletroelet­rônicos, roupas, livros e móveis.

Quase 70% dos produtos não tiveram alteração no valor e pouco menos de 20% tiveram redução de preço, indicando promoções das lojas antes da data.

Entre os 13% de produtos que subiram, a maior parte é de baixo valor (até R$ 300).

Em termos absolutos, são 1.300 itens que ficaram mais caros nos últimos 15 dias. O aumento médio foi de 16,2%. Não há grande diferença na presença desses produtos mais caros entre as empresas.

Foram monitorada­s Amazon, Americanas, Casas Bahia, Extra, Kabum, Magazine Luiza, Marabraz, Netshoes, Pernambuca­nas, Pontofrio, Renner, Saraiva, Submarino e Tokstok.

Para a Abcomm (Associação Brasileira do Comércio Eletrônico), tanto o consumidor quanto as marcas atingiram certa maturidade para lidar com as ofertas na data. “As reclamaçõe­s diminuíram muito nos últimos dois anos. Se você considerar que as vendas sobem em grande proporção, as lojas estão aprendendo a fazer a lição de casa”, diz Mauricio Salvador, da ABCOM.

A associação estima que as vendas subam 18% neste ano, puxadas, especialme­nte, pela proximidad­e do Natal —a data ocorre seis dias mais perto que em 2018. A expectativ­a de faturament­o é de R$ 3,45 bi, com gasto médio de R$ 340. (Folha)

dos preços variaram para cima ou para baixo

desde 13 de novembro

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