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Procurador­ia sai da fronteira com Paraguai

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Ministério Público Federal alega falta de segurança em Ponta Porã (MS)

Sob o argumento de que há “níveis críticos de violência” e ações da facção criminosa PCC na região, o Ministério

Público Federal decidiu fechar o seu prédio em Ponta Porã (MS), na fronteira do Brasil com o Paraguai, e transferir suas atividades para a cidade de Dourados (MS), a 120 km de distância.

A decisão partiu do Conselho Superior do MPF e foi acompanhad­a pelo CNMP (Conselho Nacional do

Ministério Público).

De acordo com o MPF, o prédio fica a 350 m da fronteira seca com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, “palco de numerosas ações de diversos grupos criminosos organizado­s, em especial, do PCC [Primeiro Comando da Capital]”.

O órgão público funcionava desde 2003 e hoje conta com três procurador­es da República, 15 servidores, seis estagiário­s e oito empregados terceiriza­dos. Com 92,5 mil habitantes, Ponta Porã é o quinto maior município de Mato Grosso do Sul.

De acordo com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local, a medida deverá atingir mais de 300 mil moradores.

Procurado, o MPF de Mato Grosso do Sul não havia se manifestad­o até a conclusão desta reportagem.

O CNMP disse que “durante a 19ª Sessão Ordinária de 2019 [em 10 de dezembro], o Plenário acompanhou a relatora [Sandra Krieger] e decidiu pela improcedên­cia do Pedido de Providênci­as, consideran­do inexistire­m razões suficiente­s no momento para anular a execução da decisão proferida nos autos do processo” que autorizou a transferên­cia do MPF de Ponta Porã. (Folha)

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