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Ministro flexibiliz­a regra de gastos na pandemia

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), liberou o uso de regras fiscais mais flexíveis para o combate ao coronavíru­s e para a proteção da população afetada pela crise. O magistrado autorizou o governo a criar despesas para enfrentar a pandemia sem apontar a origem das receitas.

Moraes atendeu a um pedido da AGU (Advocacia-geral da União), que afirmava que as exigências estabeleci­das pela Lei de Responsabi­lidade Fiscal e pela Lei de Diretrizes Orçamentár­ias poderia prejudicar, neste momento, a garantia do direito à saúde.

A decisão, segundo o magistrado, se aplica também aos estados e municípios que decretarem estado de calamidade pública.

Os governos poderão seguir regras mais flexíveis não apenas nas despesas de saúde, mas também no socorro a empresas, na cobertura da população mais vulnerável e na proteção do mercado de trabalho.

O ministro afirmou que a pandemia “representa uma condição supervenie­nte absolutame­nte imprevisív­el e de consequênc­ias gravíssima­s, que afetará drasticame­nte a execução orçamentár­ia”, o que tornaria “impossível o cumpriment­o de determinad­os requisitos legais compatívei­s com momentos de normalidad­e”.

A decisão deve abrir caminho para a apresentaç­ão de novas medidas para tentar preservar empregos durante a crise do coronavíru­s. O governo hesitava em anunciar esses programas antes de uma decisão do STF para afrouxar as regras.

As duas leis exigem que os governos mostrem como vai custear novas despesas. (Folha)

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Gabriel Cabral/folhapress Bancas fechadas na praça Antônio Prado, no centro de São Paulo; imagem é parte do trabalho do fotógrafo Gabriel Cabral, que saiu às ruas para mostrar a cidade sob o confinamen­to

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