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‘Matriarcad­o não começou na vida real’, lamenta atriz que faz Nairóbi

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Uma frase da série “La Casa de Papel”, que chega amanhã à sua quarta temporada, caiu nas graças do público, virou meme e até estampa de camiseta: “empieza el matriarcad­o”, dita pela personagem Nairóbi.

E começou o matriarcad­o na vida real? “Não”, responde a atriz Alba Flores, que interpreta a dona da frase. “No meu país, na Espanha, nenhuma diretora foi indicada ao Goya [maior prêmio do cinema espanhol, em 2019]. Esse é um sinal claro de que há um longo caminho a ser percorrido.”

Atrás das câmeras, homens dominam cargos de mando no processo de realização de “La Casa de Papel”. Em entrevista em um hotel de São Paulo, Flores consegue se lembrar de só uma exceção a essa regra —Cristina López Ferraz, a quem chama de “Titi”, a diretora de produção da série, premiada pela Academia

de Ciências e das Artes de Televisão da Espanha por seu trabalho no ano passado.

“‘La Casa de Papel’ não é uma série feminista na sua essência. O que acontece é que há personagen­s dentro da série que representa­m essa maneira de pensar”, diz a atriz.

Na trama, um grupo de criminosos invade a Casa da Moeda espanhola para, a princípio, imprimir bilhões de euros e fugir com a grana, deixando economista­s mais ortodoxos de cabelo em pé. Antes que alguém venha dizer que a premissa da série lembra aventuras monetárias malsucedid­as, o ator Pedro Alonso, que interpreta o inclemente Berlim, diz que a equipe de “La Casa de Papel” se encontrou com um ex-dirigente da Casa da Moeda da Espanha que ficou impression­ado com o plano do Professor, o protagonis­ta. (Folha)

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