Precariedade dos bairros prejudica atendimento
Para o infectologista do Hospital Emílio Ribas Leonardo Weissmann a pandemia evidencia como um país desigual tem mais dificuldades de assegurar a saúde de seus cidadãos.
“Nas regiões mais distantes e com nível socioeconômico mais baixo, há pessoas vivendo em condições precárias, muitas em aglomerações. Em muitos casos, os moradores sabem o que é necessário fazer, mas não tem sabão nem álcool gel para higienizar as mãos. Além disso, o acesso aos serviços de saúde é mais difícil“.
Infectologista e professora da Faculdade de Medicina da USP, Vivian Avelinosilva afirma que a idade dos moradores dos bairros tem impacto direto na diferença. Em locais onde há mais jovens é natural que a proporção de óbitos nessa faixa etária seja maior.
Segundo dados da prefeitura, Anhanguera tem seis vezes mais jovens do que Pinheiros, por exemplo.
A infectologista, porém, também ressalta outro fator. “Muitas vezes as pessoas jovens têm mais dificuldade para ficar em isolamento do que as pessoas mais velhas.”
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) esclarece que os mais de mil equipamentos de Saúde têm prestado atendimento para todos os casos, independentemente de diagnóstico confirmado ou suspeita da Covid-19, o que tem contribuído para o controle da pandemia, principalmente nas áreas mais afetadas da cidade. (AA)