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Guedes diz que auxílio será de R$ 300 R$ 100 bi

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Ministro informa a aliados que serão liberadas mais quatro parcelas

BRASÍLIA A prorrogaçã­o do auxílio emergencia­l pago a informais por mais quatro meses, com parcelas de R$ 300, prevista para ser anunciada nesta terçafeira (1º) no Palácio do Planalto, deve ampliar os gastos da União neste ano em mais R$ 100 bilhões.

A despesa extra leva o governo a encostar em uma marca inédita, um rombo nas contas públicas de R$ 1 trilhão em 2020.

Após reunião nesta segunda-feira (31) com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes (Economia) informou a aliados do governo a decisão da prorrogaçã­o e o valor de R$ 300 para as parcelas.

A extensão da assistênci­a dará tempo para que o governo encontre soluções para a ampliação do Bolsa Família, que será rebatizado de Renda Brasil.

O anúncio do programa foi suspenso após Bolsonaro vetar o corte, defendido pela equipe econômica, de ações como abono salarial.

O auxílio emergencia­l foi pensado inicialmen­te pelo Ministério da Economia para durar três meses, com parcelas de R$ 200. As estimativa­s feitas em março pela pasta apontavam que o benefício alcançaria até 20 milhões de beneficiár­ios, com custo total de R$ 15 bilhões aos cofres públicos.

O programa foi se encorpando ao longo do tempo.

Primeiro, após pressão de parlamenta­res sobre o governo, o Congresso aprovou o pagamento de três parcelas de R$ 600. A projeção de beneficiad­os saltou para 54 milhões de pessoas e o custo total foi a R$ 98 bilhões.

Depois, o governo decidiu prorrogar o auxílio por mais dois meses no valor de

R$ 600, prazo que agora está se encerrando.

Até o momento, o Tesouro já liberou R$ 254,4 bilhões para pagar mais de 67 milhões de pessoas, o equivalent­e a quase um terço da população brasileira.

Sob o argumento de que o custo é muito alto e provocará salto no endividame­nto público, Guedes chegou a defender que o benefício fosse encerrado após a prorrogaçã­o de dois meses.

Bolsonaro quer que seja pago até dezembro, com parcelas de R$ 300.

Cada uma delas deve ter custo de ao menos R$ 25 bilhões. Com isso, o valor total do programa deve ficar próximo a R$ 360 bilhões, o maior gasto do governo na pandemia. O montante seria suficiente para bancar o Bolsa Família por aproximada­mente 11 anos. (Folha)

É quanto deve custar a ampliação do benef ício pago durante a pandemia

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