Motoboy preso após ser agredido por policial é solto
Entregador de 29 anos disse ter sido vítima de racismo ao deixar a cadeia
O motoboy André Andrade, 29 anos, preso depois de ser espancado por um soldado da Polícia Militar que o acusou de tentar roubálo na noite da última sexta-feira (28), deixou o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Belém (zona leste) nesta quarta-feira (2).
Imagens da TV Globo veiculadas no “SP1” mostraram o motoboy sendo recebido pelo advogado, a namorada, a mãe e uma amiga na saída do CDP, por volta das 9h30.
Aos jornalistas, André negou autoria de crime e disse ter sido vítima de racismo.
“Eu fiz uma entrega em uma rua, parei em uma rua próxima, apareceu esse PM do nada. Aí ele me viu, voltou. E aí eu penso assim: ele [PM] tinha todo o direito de dúvida [sobre minha conduta]. Eu estava em uma rua parada”, disse o motoboy.
“Mas aí o certo é o que? [É ele perguntar:] ‘Você está fazendo o que? Está trabalhando?’, pegar o número da pizzaria, ver se eu era motoboy mesmo. Mas ele já chegou me acusando. É o que? É o tom de pele? Eu não posso mais ser um ‘pretinho’ em cima de uma moto?”, completou.
A juíza Tania da Silva disse que novas provas levantadas pela defesa do jovem demonstraram que os fatos “são nebulosos” e que há “fundadas dúvidas” sobre a acusação do policial militar de que o motoboy teria tentado roubá-lo.
Um vídeo mostra André no chão, dominado pelo soldado. As imagens flagraram xingamentos e agressões. Na gravação, André diz que estava fumando maconha, e o policial responde: “Deus sabe o que você fez”. O PM aponta uma pistola para a cabeça do motoboy, o arrasta e chuta suas costas.
O PM foi afastado pela Polícia Militar do serviço de rua depois da divulgação do vídeo. (UOL)
Os passageiros de ônibus da capital paulista que utilizam vale-transporte se surpreenderam com o valor de R$ 4,83, que apareceu nos validadores desde terçafeira (1º). Até então, ao passar com o Bilhete Único pela catraca, a quantia mostrada era de R$ 4,40, preço de uma passagem comum.
A tarifa do vale-transporte, maior do que a comum desde janeiro, é o valor que passou a ser exibido no validador nesta terça.
A confusão se deu porque, segundo a Sptrans, da gestão Bruno Covas (PSDB), a política de mostrar a quantia efetiva do vale-transporte mudou só agora, “mas não significa que o passageiro está sendo cobrado a mais, já que o desconto na folha continua sendo de, no máximo, 6% do salário”.
A empresa afirmou que “o sistema de validadores dos ônibus municipais e das estações do Expresso Tiradentes, do Metrô e da CPTM está em processo de atualização” e que, desde 2019 a Prefeitura de São Paulo decidiu deixar de subsidiar o vale-transporte. (MM)