Agora

Sucesso atemporal

Tony Ramos diz que aposta em novo êxito de ‘Laços de Família’, que volta à grade da Globo a partir de segunda-feira

- ELIGIA AQUINO CESAR

O bairro do Leblon e as lindas paisagens do Rio de Janeiro estarão de volta à telinha na próxima segunda-feira (7), com a reprise de “Laços de Família” no Vale a Pena Ver de Novo (Globo).

Exibida ela primeira vez em 2000, é considerad­a por muitos a melhor novela de Manoel Carlos, 87 anos — Maneco, para os íntimos— e também um dos maiores folhetins da teledramat­urgia brasileira.

Um dos núcleos centrais da trama traz a história de Miguel, personagem interpreta­do por Tony Ramos, 72 anos. Dono da livraria Dom Casmurro, Miguel é um homem culto, charmoso e educado. Ele é pai de Ciça (Júlia Feldens) e Paulo (Flávio Silvino) e dedica-se intensamen­te ao tratamento do filho, que tem sequelas neurológic­as resultante­s de um acidente de carro. Na trama, ele acaba se envolvendo com Helena (Vera Fischer). O elenco de estrelas conta ainda com Marieta Severo, Carolina Dieckmann, Reynaldo Gianecchin­i, José Mayer e Giovanna Antonelli, entre muitos outros (leia ao lado sobre a personagem Capitu, de Antonelli).

Para Tony Ramos, “Laços de Família” é capaz de envolver e fazer sucesso mesmo após 20 anos da estreia. E atribui isso à atemporali­dade do texto.

“Quando você analisa uma obra como a do Maneco, está observando o olhar do autor sobre o cotidiano, muito particular­mente. Se refizer a história hoje, ela é presente”, diz o ator, que não economiza nos elogios a Manoel Carlos.

“É um grande autor, um literato, muito culto, mas que nunca teve um olhar ‘blasé’ para a novela”, afirma o ator, referindo-se ao fato de que Maneco, mesmo sendo um intelectua­l, nunca teve preconceit­o com o folhetim.

Paixão nacional

Para Tony Ramos, a telenovela faz parte da identidade do brasileiro.

“Há uma identifica­ção, [uma necessidad­e] de entender esse cotidiano, e cada autor tem seu jeito de fazer isso”, pontua, emendando aquilo que, para ele, é o grande diferencia­l de Manoel Carlos. “O que o Maneco tem é esse olhar pela janela mais longo, mais profundo. Vocês vão assistir e rever um texto que faz muito bem aos ouvidos”, afirma.

Ainda refletindo sobre o papel que a teledramat­urgia tem na vida dos brasileiro­s, Tony Ramos diz que o público que consome esse tipo de entretenim­ento tem um comportame­nto bastante particular.

“O espectador comum de novela é aquele desarmado. Ele não liga a televisão e diz ‘vamos ver o que tem de bom hoje’, mas sim ‘o que será que fulano vai aprontar?’. Isso vem lá da década de 1970, mesmo com

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Fotos Divulgação/tvglobo Helena (Vera Fischer) e Miguel (Tony Ramos)

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