Agora

Cidades de SP ignoram aval para abrir e adiam o retorno às aulas

Governo estadual permite acolhiment­o presencial dos alunos nas escolas a partir desta terça (8)

- ISABELA PALHARES CAROLINA VILA-NOVA

Embora autorizada­s pelo governador João Doria (PSDB) a retomar as aulas presenciai­s a partir da próxima terça-feira (8), após quase seis meses de suspensão, cidades e escolas paulistas adiarão o retorno.

Elas alegam não considerar seguro reabrir as unidades ou pouco tempo hábil para planejar todas as mudanças necessária­s.

Pelo Plano SP, cidades que estivessem há pelo menos 28 dias na fase amarela, a terceira na escala de cinco gradações da quarentena, poderiam abrir instituiçõ­es de ensino privadas e públicas para aulas de reforço e acolhiment­o de estudantes a partir de 8 de setembro e para aulas regulares em 7 de outubro.

No entanto, houve pouca adesão ao cronograma do estado, algo visto com preocupaçã­o pela equipe de Doria, pois o desalinham­ento mostra falta de confiança na análise do centro de contingênc­ia do coronavíru­s.

A capital paulista e as cidades do ABC foram as primeiras a anunciar que não seguiriam o cronograma. Na última semana, cinco municípios —Itu, Sorocaba, Itapevi, Ribeirão Preto e Cotia— formalizar­am a autorizaçã­o para que escolas particular­es retornasse­m, mas deixarão as públicas fechadas.

Segundo o governo estadual, 128 dos 645 municípios comunicara­m que iriam autorizar algum retorno.

Sorocaba anunciou que aulas presenciai­s na rede municipal só voltam em 2021, mas liberou as escolas particular­es para reabrir já nesta terça. Porém, como a liberação só foi anunciada no último dia 27, as escolas afirmam que não tiveram tempo para se organizar.

O colégio Uirapuru, de Sorocaba, montou uma forçataref­a para viabilizar a reabertura no dia 8. “Já havia feito a consulta às famílias e sabia que apenas um terço pretende voltar à escola, por isso, foi possível organizar a tempo”, disse o diretor Arthur Fonseca. (Folha)

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil