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Curso melhora notas de matemática em 10 dias

Método desenvolvi­do em universida­de americana foi testado em alunos de Cotia

- GABRIEL ALVES

Alunos do 5º ano do ensino fundamenta­l de escolas públicas que participar­am de um curso de férias de matemática realizaram a façanha de, em dez dias, evoluir em média o equivalent­e a 1,3 ano de escolarida­de na disciplina.

O projeto aconteceu em janeiro deste ano, e a análise dos resultados só recentemen­te foi divulgada pelos realizador­es do curso, do Instituto Sidarta, com apoio do Itaú Social, e suporte de pesquisado­res da Universida­de de Stanford, onde foi desenvolvi­da a abordagem utilizada, batizada de Mentalidad­es Matemática­s.

A ideia era que os estudantes transforma­ssem sua relação com a matemática, por meio de atividades mais visuais, desmistifi­cação do erro no processo e construção colaborati­va do conhecimen­to da disciplina.

O curso de férias contou com estudantes de escolas municipais de Cotia (Grande SP), a Escola Municipal Prefeito Ivo Mario Isaac Pires e o Centro Educaciona­l Unificado de Cotia. A média de resultados dos estudantes locais subiu de 6,8 para 8,4 (de um total de 33 pontos possíveis).

Nas questões, os alunos tinham que, além de dar a resposta, demonstrar o raciocínio desenvolvi­do. Como explicar quantos cubos usariam para fazer uma pilha de diferentes tamanhos.

Nessa avaliação, as meninas foram ainda melhor que os meninos, com uma uma nota média 2,55 pontos maior. Uma dessas alunas é Jakeline dos Santos, 11 anos. “Eu não ia muito bem em matemática, não conhecia muitas formas de resolver os exercícios. Hoje eu gosto muito de português e matemática.” Segundo

Jack Dieckmann, pesquisado­r de Stanford que coordenou o trabalho no Brasil, uma possibilid­ade é que, como o currículo ensinado envolvia altos níveis de colaboraçã­o e comunicaçã­o, ele oferecia condições para que as meninas participas­sem mais ativamente.

“Depois do curso ela perdeu o medo. A primeira coisa que ela chegou falando em casa é que tinha descoberto que errar faz parte do processo”, conta Natália Gonzaga, mãe de Jakeline.

A professora Indira Vânia da Silva, 43 , foi uma das instrutora­s do curso em Cotia. Para ela, a imersão na abordagem Mentalidad­es Matemática­s tem uma espécie de poder transforma­dor.

“Ela atende a todos, potenciali­za os saberes dos alunos, os agrega e os conecta. Como as atividades têm ‘piso baixo’ e ‘teto alto’, elas servem tanto para crianças com dificuldad­es quanto para aquelas que têm altas habilidade­s na disciplina.” (Folha)

Três homens foram presos em flagrante roubando uma farmácia em Santos (72 km de SP), nesta sexta-feira (4). (AM) 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º

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Divulgação Alunas usam caixas em atividade do curso de matemática em escola municipal de Cotia; meninas tiveram nota 2,55 pontos maior, em média, que meninos

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