Ação da PF mira advogados de Lula e ex-defensor de Bolsonaro
Acusado de liderar desvios, defensor de petista acusa juiz Bretas; Wassef é alvo de investigação
RIO DE JANEIRO A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (9) operação para investigar um suposto esquema de tráfico de influência no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no TCU (Tribunal de Contas da União) com desvio de recursos públicos do Sistema S.
Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estiveram Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, advogados do ex-presidente Lula (PT), acusados de liderar o esquema. Os dois se tornaram réus pelo caso no mês passado.
O advogado Frederick Wassef, que trabalhava até junho para a família do presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de busca e apreensão da Operação Esquema S deflagrada nesta quarta (9).
Wassef é investigado sob suspeita de ter obtido R$ 2,7 milhões por meio do escritório da ex-procuradora Luiza Nagib Eluf, contratada pela Fecomércio/rj com uso de dinheiro público do Sesc/senac.
Wassef disse que “não foi denunciado com os demais advogados” e que não tem “nada a ver com nenhum esquema da Fecomércio”, entidade pela qual nunca foi foi contratado.
Sobre o fato de a investigação vir de uma delação de Orlando Diniz, Wassef diz que o ex-presidente da Fecomércio “está mentindo a mando de advogados inescrupulosos que estão o usando como míssil teleguiado para o atingir, visando atender ao interesse de outro cliente em comum.”
As medidas de busca e apreensão desta quartafeira foram autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio.
De acordo com o Ministério Público Federal, os denunciados desviaram R$ 151 milhões do Sistema S, bancado com contribuição compulsória de empresas. A origem da apuração foi a delação premiada de Orlando Diniz. (Folha)