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Acusados por espalhar fake news tentam sorte nas urnas

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Acusados de integrar a máquina do governo federal de espalhar fake news e fazer discurso do ódio contra adversário­s do presidente Bolsonaro, candidatos na eleição municipal dizem que a exposição causa contratemp­os, mas também ajuda na campanha.

Em Sinop (MT), o ativista Marcelo Stachin concorre a prefeito. Em maio, foi alvo de busca e apreensão no inquérito das fake news no STF. Depois, teve perfis em suspensos pelo ministro Alexandre de Moraes.

Ele diz que o fato de ter sido alvo do STF aumentou seu cacife entre parte do eleitorado. “Dizem que isso mostra que sou uma nova opção, que não sou político.”

Em São Paulo, Edson Salomão disputa um mandato de vereador. Ele sofreu mandados de busca e apreensão duas vezes: em dezembro de 2019 e em maio.

Suas contas no Twitter e Facebook foram tiradas do ar. “Tirando todo o desgaste emocional, porque você é exposto, envolve a família, acabou gerando até uma exposição positiva”, declara.

No Twitter, relata Salomão, ele tinha 7.000 seguidores antes da primeira ação da PF. “Depois, foi para mais de 90 mil”, diz. Ao ter sua conta desativada, criou outra, já com mais de 54 mil seguidores. “Ele [Moraes] determinou a quebra de meus sigilos bancário e telefônico, e não encontrara­m nada”, declara. (Folha)

Integrante­s de máquina dizem que exposição ajuda campanhas

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Pedro Ladeira/folhapress Operação na casa do blogueiro Alan dos Santos, um dos acusados por espalhar fake news

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