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Bares fechados seguraram preços na quarentena

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A redução da oferta de cerveja nos supermerca­dos não fez estrago no bolso do consumidor, pelo menos por enquanto.

Entre janeiro e setembro, a média de preços da bebida no estado de São Paulo caiu 2,47%, segundo a Apas (Associação Paulista de Supermerca­dos). Mas antes de pensar em encher a geladeira, é bom saber que a notícia animadora acaba aqui.

Em setembro, a associação já registrou um aumento de 1,94% nas cervejas. No mesmo mês de 2019, o preço havia recuado 0,48%.

Até o final do ano, a expectativ­a é que a alta alcance algo entre 5% e 10%, segundo Omar Ahmad Assaf, diretor de mercado da Apas.

“A indústria de bebidas frias, cervejas ou refrigeran­tes, usa essa época do ano para fazer o repasse de preços”, diz Assaf. “O que tivemos de menor preço já passou e, daqui para frente, esperamos reajustes de 5% a 10%”, afirma.

Quanto à cerveja mais barata no no acumulado entre janeiro e setembro, período em que a inflação geral nos supermerca­dos paulistas avançou 8,3%, a explicação também pode ter relação com as restrições ao funcioname­nto de bares e restaurant­es.

“Com a pandemia e o fechamento de tudo, o volume das indústrias caiu muito e eles tiveram que ser mais agressivos nos pontos que estavam abertos: precisaram realizar promoções e coisas do tipo. O preço ficou na mesma situação por muito tempo porque estavam buscando volume de vendas”, diz Assaf.

“Hoje, sim, fizeram o redirecion­amento do preço e o problema é a falta de embalagens, não só para a cerveja”, explica. (CC)

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