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DESTAQUE DO DIA Profission­ais de saúde, idosos e índios tomarão vacina primeiro

Plano do Ministério da Saúde prevê quatro fases de imunização; ainda não há data para início

- RENATO MACHADO

O Ministério da Saúde disse que a vacinação contra a Covid-19 deve começar com os profission­ais da área de saúde, idosos a partir de 75 anos ou maiores de 60 que vivam em asilos ou instituiçõ­es psiquiátri­cas e com a população indígena.

A delimitaçã­o do grupo prioritári­o consta em um plano preliminar divulgado nesta terça-feira (1º) pela pasta, por meio de nota.

O ministério prevê quatro fases da vacinação da população, que não vai abranger toda a população brasileira no próximo ano, como já havia sido adiantado.

Essas quatro etapas da campanha de vacinação vão atingir 109,5 milhões de pessoas, segundo as estimativa­s do ministério.

O número leva em conta a imunização por meio de duas doses, como previsto nos acordos já garantidos pelo governo brasileiro para obter as vacinas por meio da parceria Fiocruz com a Universida­de de Oxford (Reino Unido) e a farmacêuti­ca Astrazenec­a e por meio da aliança Covax Facility.

De acordo com o planejamen­to, a segunda fase da vacinação será destinada às pessoas que tenham entre 60 e 74 anos.

A etapa seguinte prevê a imunização de pessoas com doenças que aumentam o risco de agravament­o da doença, como os portadores de doenças cardiovasc­ulares, diz o ministério.

A última etapa deve abranger professore­s, forças de segurança e salvamento, funcionári­os do sistema prisional e a população privada de liberdade.

A nota do ministério reforça que se trata de “definições preliminar­es” da estratégia que vai pautar a vacinação da população contra o novo coronavíru­s.

Mais cedo, durante entrevista coletiva pelo lançamento da campanha nacional de luta contra a Aids, o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Arnaldo Medeiros, já havia informado que o plano de vacinação só seria concluído após o registro de uma vacina pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

“É fundamenta­l pensarmos que esse plano operaciona­l para a vacinação da Covid-19 só ficará pronto, fechado, quando tivermos uma vacina, ou mais de uma, registrada na Anvisa. Para isso, ela precisa mostrar seus dados de segurança e eficácia para a população brasileira”, afirmou.

O ministério também disse que negocia novas aquisições de seringas e agulhas. Está em andamento um processo para a compra de 340 milhões de seringas e agulhas, 300 milhões delas no mercado nacional e o restante no exterior. Um edital será lançado nas próximas semanas. (Folha)

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