Programa para contratação de mães exclui creche conveniada
Apenas unidades de ensino da administração da prefeitura serão contempladas com reforço
O programa da Prefeitura de São Paulo de colocar 4.590 mães para atuarem como monitoras de protocolos sanitários deixará de fora 2.156 creches conveniadas da rede municipal.
Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), apenas as unidades da administração direta receberão o programa.
A cidade de São Paulo conta com cerca de 4.000 escolas onde estão matriculados perto de 1 milhão de estudantes. Apenas 38,3% (ou 1.535) são da administração direta.
As demais (62,7%) são mantidas por meio de convênios com organizações sociais. Essas entidades recebem repasses mensais da prefeitura para manter o serviço —também são terceirizadas na rede municipal 344 unidades do Mova (Movimentos de Alfabetização de Jovens e Adultos).
“As unidades parceiras possuem funcionários contratados pela organização social, a higienização correta das mãos e o uso do álcool em gel.
Em dois dias de inscrições, mais de 91 mil mulheres se candidataram e a seleção será feita até esta quarta-feira (24). Pelo trabalho de 30 horas semanais, cada uma receberá R$ 1.150.
O presidente do Semeei (Sindicato dos Estabelecimentos Mantenedores de Escola de Educação Infantil do Município de São Paulo), Eliomar Pereira, avalia que a contratação, porém, não trará contribuição para o trabalho das entidades.
“É uma mão de obra não especializada, sem treinamento e que tem efeitos práticos muito pequenos.”
Apesar de classificar a contratação das mães de “extrema importância”, o Sintraemfa (Sindicato Dos Trabalhadores em Entidades de Assistência a Criança e ao Adolescente do Estado de São Paulo) disse que “infelizmente as OSCS (organizações de sociedade civil) não tem como arcar com a remuneração das mães.