Auxílio de onde vier
Depois de pressões políticas, econômicas e sociais, o governo Jair Bolsonaro se convenceu da necessidade de prorrogar o auxílio emergencial enquanto a pandemia continua tirando a renda os mais pobres. Estados e municípios, porém, podem e devem fazer sua parte.
Na cidade de São Paulo, projeto da prefeitura aprovado nesta quarta (24) pela Câmara Municipal prevê prorrogar a transferência mensal de R$ 100 aos paulistanos cadastrados no Bolsa Família.
Governos estaduais e outros municípios deveriam seguir o exemplo e ajudar aqueles que, em razão da Covid-19, enfrentam dificuldades para sustentar seus familiares ou perderam o emprego.
Várias administrações estão em situação de garantir esse extra —que pode ser qualquer tipo de programa social— sem criar um rombo nas contas públicas. Os estados e municípios, vale lembrar, receberam um socorro federal que superou em muito suas perdas na pandemia.
Com o agravamento das infecções e mortes por Covid-19, chegou a hora de estes também contribuírem para auxiliar quem sofre o impacto mais doloroso das necessárias restrições às atividades econômicas e à mobilidade social.
É claro que as condições variam de governo a governo —o auxílio, portanto, terá valor e duração diferente em cada lugar. Se governadores e prefeitos se acomodarem, porém, deputados estaduais e vereadores deverão tomar a iniciativa.
Cabe a esses parlamentares garantir também que a ajuda contemple, dentro do possível, o maior número de famílias.
É urgente reunir esforços para que ninguém fique sem esse salva-vidas justamente no pior momento da pandemia, resultado direto da omissão e da incompetência do presidente Bolsonaro.