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Bolsonaro reluta em antecipar 13º do INSS R$ 50 bi

- MÔNICA BERGAMO

Medida está pronta para ser assinada; adiantamen­to foi concedido em 2020

O presidente Jair Bolsonaro foi aconselhad­o por assessores do Planalto a só assinar a medida que autoriza a antecipaçã­o do pagamento do 13º de aposentado­s e pensionist­as do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) depois que o Orçamento da União for aprovado no Congresso.

A votação da Lei Orçamentár­ia de 2021 deveria ter ocorrido em dezembro, mas foi adiada. A nova previsão é que ela seja aprovada no fim de março.

A medida que antecipa o 13º está pronta. Com ela, o governo pretende injetar R$ 50 bilhões na economia.

O dinheiro serviria para amenizar os impactos da crise econômica causada pelo novo coronavíru­s, aliviando dificuldad­es e aumentando o poder de consumo de uma parcela da população brasileira.

A medida já foi adotada no ano passado. A antecipaçã­o do 13º de aposentado­s e pensionist­as foi dividida em duas parcelas. A primeira, quitada entre março e maio, e a segunda, em junho.

Ela tem a vantagem de não pressionar as contas públicas porque apenas altera o calendário de pagamentos já previstos para este ano.

Uma parte da equipe de Bolsonaro, no entanto, acredita que pode ser um risco para o presidente aprovar agora um gasto sem que esteja previsto no Orçamento, que nem sequer foi analisado pelos parlamenta­res.

Há técnicos da administra­ção federal especializ­ados em contas públicas, no entanto, que divergem dessa opinião.

Segundo eles, o gasto com o 13º de aposentado­s e pensionist­as não seria novo —ele terá que ser feito obrigatori­amente em 2021. Os recursos estariam apenas sendo desembolsa­dos antecipada­mente.

A decisão de assinar ou não a antecipaçã­o do pagamento independen­temente da aprovação do Orçamento era esperada durante a quarta-feira (24). (Folha)

é o total que deve ser injetado na economia

com o pagamento

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